Tenho convicção que Dilma chegará ao final do mandato ‘muito bem’, diz Lula

Em entrevista à “Globo News”, o ex-presidente disse também que “não há nenhuma razão” para os brasileiros não acreditarem no futuro do País

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está convicto que a presidenta Dilma Rousseff chegará ao final do seu mandato “muito bem”.

“Qualquer coisa contrária a isso seria pisotear a Constituição. Não existe amparo legal para tirá-la”, afirmou Lula durante entrevista ao jornalista Roberto d’Ávila, da Globo News. A entrevista foi ao ar nesta quarta-feira (18).

Ajuste fiscal, educação e combate à corrupção foram outros temas discutidos na conversa com d’Ávila.

“A coisa mais fantástica é que se acabou o cerceamento às investigações no Brasil. Nada mais vai para debaixo do tapete”, destacou Lula, lembrando que ele, quando presidente da República, não escolheu um procurador-geral “engavetador”.

“As investigações estão fazendo com que o Brasil sonhe que daqui uns anos será um País sério e que as pessoas ao fazerem algo errado, sabem que vão ser punidas. O resultado final será benéfico para o Brasil”, acrescentou.

Porém, o ex-presidente enfatizou que considera grave o vazamento seletivo de determinadas informações.

Sobre o momento econômico pelo qual passa o País, Lula afirmou que “a crise econômica não foi feita pelo pobre” e afirmou, categórico: “a coisa mais importante é aprovar as medidas de ajuste fiscal”.

“É importante que se diga: responsabilidade fiscal não é mérito, é obrigação. E Dilma está correta em fazer o ajuste. O que está errado é que está demorando, mas não por culpa dela, e sim da crise política. É preciso pactuar uma saída para esse País”, disse.

Reforma política e financiamento de campanha também foram tratados na entrevista. O ex-presidente comemorou a decisão pelo fim do financiamento empresarial de campanha.

Segundo o petista, “a reforma política não sairá se a gente depender do Congresso”. “Só haverá reforma política se houver constituinte exclusiva e proibição dos constituintes se candidatarem nas próximas eleições, para não legislar em causa própria”, explicou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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