Transposição é decisiva para convivência com a seca, diz Pimentel

Em discurso no plenário, senador destacou compromisso federal com as ações do governo cearense

O líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), declarou, nesta quinta-feira (5), em pronunciamento no plenário, que a interligação da Bacia do Rio São Francisco é decisiva para a segurança hídrica e a convivência com a seca no Nordeste. A obra foi iniciada no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve ser concluída no próximo ano pela presidenta Dilma Rousseff, beneficiando os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Outra obra destacada por José Pimentel é o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que vai levar as águas do São Francisco para regiões carentes de água no estado. A primeira etapa do CAC, assegurada no PAC 2, beneficia o Cariri. Já a segunda etapa da obra, que será incluída no PAC 3, vai atingir a região de Inhamuns. “Os rios Jaguaribe, Banabuiú e Poti serão perenizados”, informou o senador, em discurso no Plenário do Senado, para quem o CAC faz parte do grande projeto de segurança hídrica do Ceará.

Pimentel garantiu também que o governo federal fará sua parte para viabilizar o Plano Estadual de Convivência com a Seca do Ceará, lançado no último dia 25 pelo governador Camilo Santana. “Nós temos o compromisso de viabilizar junto ao governo federal aquilo que for inerente ao Orçamento da União”, declarou.

O plano cearense envolve uma série de ações para minorar os efeitos da estiagem no estado. Uma delas é o Seguro Safra, destinado a socorrer o pequeno produtor afetado pela seca. Segundo José Pimentel, 90% dos recursos desse seguro serão custeados pela União.

O senador cearense garantiu que o bloqueio na liberação de recursos do Orçamento, planejado pelo governo federal, não vai atingir nem o Seguro Safra, nem a construção da Barragem de Fronteiras, na região de Inhamuns, incluída na segunda etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Já em relação aos poços profundos, José Pimentel afirmou que o pleno funcionamento deles depende da Companhia Energética do Ceará (Coelce). “Estamos com 1.084 poços prontos que só não estão em funcionamento porque a Coelce não deu conta de sua obrigação, que é instalar o transformador e fazer a ligação da energia para que possamos tirar esse precioso líquido, que é a água, para nós da Região Nordeste”.

Dnocs – A experiência centenária do Ceará de convivência com a seca deve ser compartilhada com os outros estados brasileiros. “O governo federal vem trabalhando para que o Dnocs deixe de ser um órgão regional e passe a ser federal”, informou Pimentel. Para ele, o órgão pode ajudar o Brasil neste momento em que vários estados do país enfrentam a falta de água. “O Brasil é o segundo maior produtor de grãos do mundo e é também um grande produtor de carne. É preciso garantir água para continuar produzindo”, afirmou o líder do governo.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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