
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam um suposto esquema de corrupção para compra de merenda escolar pelo governo de Geraldo Alckmim (PSDB). Entre os principais investigados estão o ex-promotor público e atual presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e Luiz Roberto dos Santos, ex-assessor do secretário-chefe da Casa Civil da gestão tucana, Edson Aparecido.
A operação, nomeada de Alba Branca, foi deflagrada na última terça-feira (19), e investiga o pagamento de propina e fraudes na compra de alimentos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), de Bebedouro (SP).
Segundo o MP, a Secretaria de Educação do governo Alckmin repassou à cooperativa R$ 7,7 milhões em 2015 por contrato de aquisição de alimentos. O contrato, no entanto, teria sido fechado mediante pagamento de propina.
Em depoimento à Polícia Civil, três testemunhas ligadas à cooperativa confirmaram o pagamento de propina a agentes públicos, que chegava a 25% do valor dos contratos. Ao todo, sete pessoas da empresa tiveram a prisão decretada.
Uma das testemunhas presas na operação, o funcionário da Coaf Adriano Gilbertoni Mauro, teria intermediado o contrato da cooperativa com a secretaria do governo paulista.
Outra testemunha, o vice-presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, confirmou em depoimento o pagamento de propina de R$ 1,94 milhão para o contrato com o governo tucano em 2015.
A investigação aponta ainda que pelo menos 17 prefeituras do interior paulista também teriam participado do esquema de corrupção.
Da Redação da Agência PT de Notícias