Vacina contra dengue é um avanço para o Brasil, afirma Dilma

Ministério da Saúde e Instituto Butantan firmam contrato para financiamento da última fase para vacina contra a dengue, que pode ajudar na vacina contra o zika vírus

São Paulo - SP, 22/02/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante Assinatura de contrato entre o Ministério da Saúde e a Fundação Butantan para o desenvolvimento da vacina da dengue. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O governo federal vai investir R$ 300 milhões para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. Nesta segunda-feira (22), a presidenta Dilma Rousseff participou da assinatura contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina.

“O dia de hoje representa um avanço para o nosso País. A vacina contra os quatro sorotipos da dengue é um avanço para o Brasil porque vai assegurar uma cobertura muito grande para a nossa população”, afirmou Dilma.

A vacina, desenvolvida no Brasil, tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue. A experiência na criação desta vacina pode encurtar o desenvolvimento de um medicamento para combater o vírus zika.

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, “o investimento é um compromisso do governo federal com o desenvolvimento de novas tecnologias contra o Aedes aegypti e as doenças transmitidas por esse mosquito”. “A pesquisa do Butantan é promissora contra a dengue e pode nos auxiliar na busca soluções contra o vírus Zika”, afirmou.

“Com a nossa experiência na vacina contra a dengue, teremos um avanço muito grande, poderemos mais rapidamente trabalharmos numa vacina contra a zika. Nós temos vários tipos de abordagem para a vacina de zika, que já iniciamos aqui, e também estamos trabalhando num soro para neutralizarmos o vírus antes de ele causar o dano na cabeça das crianças”, afirma o diretor do Instituto Butantan, o Prof. Dr. Jorge Kalil.

No total, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo, e estão sendo analisados outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e R$ 100 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

O Butantan, principal produtor de imunobiológicos do país, é vinculado ao governo do Estado de São Paulo e já desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de Biologia e Biomedicina em parceria com instituições estrangeiras. Uma delas é o National Institutes of Health (NIH) – agência de saúde do governo norte-americano –, com o qual o Instituto está em estágio avançado de desenvolvimento da vacina contra a dengue.

O investimento marca também o início da vacinação de um grupo de voluntários para dengue. No total, 17 mil voluntários de 13 cidades, em cinco regiões do Brasil, participarão dos estudos clínicos que devem durar um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacina contra a dengue disponível em 2018.

Vacina Zika – O Ministério da Saúde anunciou no último dia 11 de fevereiro o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus zika. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch dos Estados Unidos. Para isso, serão disponibilizados pelo governo brasileiro US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos.

De acordo com o cronograma de trabalho, a previsão é de desenvolvimento do produto em dois anos. A parceria no Brasil para desenvolvimento da vacina será com o Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, e poderá contar com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto

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