Vice do PT mobiliza população para apoiar Lula durante atos

“Este é um momento muito delicado da democracia, que se encontra no banco dos réus da Justiça na capital gaúcha”, afirma o dirigente Márcio Macêdo

Ricardo Stuckert

O ex-presidente Lula foi a Porto Alegre na última terça-feira agradecer a solidariedade do povo

À véspera do julgamento de Lula em Porto Alegre, o vice-presidente nacional do PT e ex-deputado federal, Márcio Macêdo, convida novamente a população para se mobilizar em todo o país pela defesa da democracia e pelo direito de Lula candidatar-se a presidência da República. No total, 500 caravanas já chegaram ou estão rumo rumo à capital gaúcha, além de 2.500 militantes do MST acampados desde a manhã de segunda-feira, 22.

“Hoje há comitês abertos em quase 3.000 cidades do Brasil, ou seja, tem gente mobilizada no país inteiro. Há delegações de todos os cantos da nação chegando em Porto Alegre, além de atos políticos de movimentos sociais em todos os lugares. Este é um momento muito delicado da democracia, que se encontra no banco dos réus da Justiça na capital gaúcha. É como se fosse a final de uma Copa do Mundo. Todo mundo está acompanhando com muita apreensão”, declarou Macêdo.

O vice-presidente nacional do PT conta que a expectativa de partidos e movimentos aliados e da população brasileira é que Lula seja absolvido. Márcio ainda diz que o único resultado justo e que respeite a Constituição é a declaração da inocência do ex-presidente. “Não existe nenhuma prova contra ele. Por conseguinte, não há crime. O processo e a sentença são políticos. Se você ler com atenção a sentença do Moro vai ver que são intuições, devaneios, posições políticas e ilações, na qual ele mesmo diz que o apartamento não é do presidente Lula. É um processo absurdo”.

Para Macêdo, o processo contra Lula nada mais é do que uma perseguição contra Lula, com o intuito de enfraquecê-lo politicamente e retirá-lo da disputa eleitoral de 2018. O ex-deputado federal também afirma que o que acontece atualmente no Brasil é uma nova tentativa de golpe.

“Jogaram o país numa crise sem precedentes e eles não têm nenhum candidato para concorrer com Lula. Não querem permitir que alguém que está à frente nas pesquisas dispute a eleição. Foi dado um golpe parlamentar e de Estado, mas foi algo sofisticado. Não foram mais as fardas, os coturnos e os fuzis nas ruas. A farda foi substituída por setores togados. O fuzil foi trocado por uma batida de martelo. Existe um rompimento democrático no país. E digo mais, não se tira uma presidenta honestamente eleita sem quebrar o país. Nenhuma democracia sobrevive a uma ruptura”, destacou Márcio.

Planejamento

Neste dia 24, o vice-presidente nacional do PT e Luiz Inácio acompanham o julgamento a partir da cidade de São Paulo, onde ocorrem mobilizações com o Sindicato dos Metalúrgicos e com a população, na praça da República e na avenida Paulista. Já na última terça-feira, o ex-presidente foi até Porto Alegre para agradecer pessoalmente a todos que se mobilizaram pela defesa da democracia no Brasil.

Márcio também adianta que, independentemente de qual seja o resultado do julgamento, na quinta, 25, a Executiva Nacional do partido, junto com a bancada federal, os presidentes do PT dos estados brasileiros e os movimentos sociais vão reafirmar a pré-candidatura de Lula à Presidência da República. “Qualquer que seja o resultado, não existe nenhum impedimento com relação a isso”, enfatizou Macêdo.

Para o segundo semestre, o planejamento do PT, segundo explica Márcio, é inscrever Lula como candidato à Presidência no mês de setembro, fazer programa eleitoral na TV, ir para a rua e disputar a eleição. “E o povo que julgue o trabalho, a liderança e a história de Lula no Brasil”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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