Zé Maria: IFF ajudou a construir excelência da Petrobrás

“Não é a toa que nós descobrimos o pré-sal, que a Petrobras recebe prêmios e prêmios, tudo isso se deve à nossa mão de obra, e sabemos que boa parte dela sai do Instituto Federal Fluminense (IFF)”, afirma o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Zé Maria.

Criado em 2008 a partir do antigo Cefet-Campos, o IFF foi ampliado durante os governos de Lula e Dilma, período no qual se aumentou não apenas o número de campi no Rio de Janeiro como também de cursos oferecidos.

Nesta quarta-feira (6) o ex-presidente visitou o campus principal em Campos de Goytacazes no terceiro dia da caravana Lula pelo Brasil, que começou na segunda-feira pelo estado do Espírito Santo e agora percorre municípios do Rio de Janeiro.

“O IFF é fantástico, hoje você tem a possibilidade de, em 13 anos, entrar aqui cursando o técnico e sair daqui doutor. Faz Engenharia, o mestrado e o doutorado”, relata Zé Maria, que estudou na escola no final dos anos 1970, quando havia apenas cinco cursos disponíveis.

“Hoje são mais de 28 cursos de nível técnico, é uma oportunidade incrível e ela só se concretizou porque o governo federal na época do presidente Lula acreditou”, acrescenta.

Se em 2002 o Brasil tinha cerca de 140 escolas técnicas, após os governos do PT, esse número ultrapassou 400 unidades. Apenas o IFF possui campi em Macaé, São João da Barra, Quissam, Bom Jesus do Itabapoana, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Cambuci, Cabo Frio, Maricá e Itaboraí, além da sede em Campos de Goytacazes.

“Eu diria que essa política de fortalecimento do IFF, que foi feita no governo do presidente Lula e da presidenta Dilma, é fundamental para que os filhos dos trabalhadores tenham acesso a uma profissão e ao mercado de trabalho”, avalia Zé Maria.

Ele relata que, desde os anos 80, com a descoberta da bacia de Campos, a Petrobras e outras empresas vão ao IFF em busca de mão de obra, graças à alta qualidade da capacitação fornecida pelo curso.

“A expansão da Petrobras, a descoberta do pré-sal, exigiram que o instituto fosse se atualizando para, cada vez mais, despejar mão de obra qualificada no mercado. Os cursos de Óleo e Gás, Segurança no Trabalho, Eletrotécnica, Mecânica, Informática, fizeram com que não só o IFF tivesse excelência nesse aspecto, mas também emprestaram à Petrobras, que está capitaneando essa mão de obra, excelência a cada ano que passa.” Para o petroleiro, a cidade de Campos se desenvolveu ao longo nos últimos anos baseada em políticas públicas que foram implementadas nos governos do PT. “Veja o caso do pré-sal, que nós descobrimos porque o presidente Lula acreditou que a força de trabalho da Petrobras tinha competência para descobrir e desenvolver o pré-sal”, exemplifica.

“Todas essas cidades do norte e noroeste fluminense são beneficiadas, ou com royalties, ou com centro tecnológico, com o jovem aprendiz e outras políticas que façam a nossa região se desenvolver”, acrescenta.

Segundo Zé Maria, essas conquistas estão ameaçadas pelo governo golpista de Michel Temer, que, com a Lava Jato, estão destruindo a indústria nacional e vendendo as riquezas do país. “Agora passamos por um momento em que tudo isso está sendo desmontado, precisamos que a população se mobilize para que a gente recupere o nosso país para os brasileiros”, conclui.

Lula Pelo Brasil

A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Espírito Santo e ao Rio de Janeiro, que acontece em dezembro, é a terceira etapa do projeto que ainda deve alcançar as demais regiões do Brasil.

Em agosto e setembro, Lula pegou a estrada e percorreu os nove estados nordestinos, visitou inúmeras cidades, ouviu e conversou com o povo. Em outubro, foi a vez do estado de Minas Gerais.

O projeto Lula Pelo Brasil é uma iniciativa do PT com o objetivo de perscrutar a realidade brasileira, no contexto das grandes transformações pelas quais o país passou nos governos do PT e o deliberado desmonte dos programas e políticas públicas de desenvolvimento e inclusão social, que vem sendo operado pelo governo golpista nos últimos dois anos.

Por Pedro Sibahi, da Agência PT de Notícias, enviado especial à caravana Lula pelo Brasil – SE