Ações do programa Cultura Viva foram destaque no Chile

6ª Cúpula Mundial das Artes e da Cultura teve o objetivo de analisar o impacto das mudanças ocorridas no cenário mundial, na última década, na área das artes e da cultura

O Programa Cultura Viva foi destaque nos debates da 6ª Cúpula Mundial das Artes e da Cultura realizada em Santiago (Chile), entre os dias 13 e 16 de janeiro. O encontro teve o objetivo de analisar o impacto das mudanças ocorridas no cenário mundial, na última década, na área das artes e da cultura. Organizado pela Federação Internacional de Conselhos de Arte e Agências Culturais (FICAAC), que reúne países que não dispõem de Ministérios da Cultura em suas estruturas administrativas e trabalham o segmento a partir de agências públicas e conselhos. O Brasil foi um dos países convidados a falar sobre sua experiência na área de políticas públicas para a cultura. O secretário substituto de Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Pedro Vasconcellos, representou a secretária Márcia Rollemberg no evento. “Foi um congresso de discussões muito densas e profundas, onde pudemos observar uma preocupação, por parte da Europa, de decifrar esses fenômenos que estão acontecendo para tentar se posicionar no século 21”, comentou Vasconcellos, ao fazer um balanço sobre o encontro ao site da SCDC/MinC. Ele disse que os representantes do continente europeu fizeram pronunciamentos bastante acadêmicos sobre a realidade cultural, enquanto que os latino-americanos e asiáticos assumiram uma postura mais protagonista, relatando experiências nacionais bem-sucedidas, que conectam a cultura contemporânea com os conhecimentos tradicionais em seus países, como por exemplo, o Programa Cultura Viva (SCDC/MinC) que há dez anos vem trabalhando com a participação da sociedade na elaboração e execução de políticas públicas brasileiras na área da cultura. A experiência chilena do grupo cultural “Balmaceda Arte Jovem” também foi um dos destaques do encontro. O grupo trabalha com formação artística para jovens e está presente nas cinco maiores cidades do Chile. Atendem a um universo de sete mil jovens e hoje se tornou o novo paradigma da cultura no país, informou o secretário substituto. A presidente Michele Bachelier adotou as ações do grupo como prioridade nas políticas culturais do Chile para os próximos quatro anos. Parcerias Um dos prováveis desdobramentos da VI Cúpula Mundial das Artes e da Cultura é o lançamento de um novo edital do Programa Cultura Viva, que deverá ser intitulado “De Ponto a Punto¨, destinado ao intercâmbio de ações entre Pontos de Cultura do Brasil, Argentina, Peru, Colômbia e Chile. Pedro Vasconcellos disse que os chilenos ficaram muito interessados nos mecanismos de funcionamento do Cultura Viva e devem chamar representantes do MinC para apresentar o programa ao Ministério da Cultura do país. Por sua vez, as ações do grupo cultural chileno Balmacena Arte Jovem chamou a atenção dos brasileiros e deverá ser convidado a visitar o Brasil para falar sobre sua experiência com a cultura. Outro tema que deverá ser tratado em parceria entre os dois países é no campo da Economia Criativa. A diretora de Economia Criativa do MinC, Geórgia Nicolau Haddad, acompanhou Pedro Vasconcellos na viagem ao Chile. Ela manteve reunião com representantes de quatro países e da Organização dos Estados Americanos (OEA), para tratar sobre a criação de um Observatório da Economia Criativa na América Latina. (SCDC/MinC)

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