Aécio quer rever partilha do pré-sal e retomar modelo de exploração de FHC

Tucano quer a volta do regime de concessões que entregou riqueza para ser explorada por petroleiras, sem exigência de conteúdo nacional nos equipamentos

Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, nesta terça-feira (23), o candidato Aécio Neves (PSDB) disse que pretende, se eleito, discutir o regime de partilha do pré-sal e demonstrou intenção de retomar o modelo de concessão na exploração do petróleo.
“Eu quero ouvir a sociedade brasileira se, em determinados casos, o modelo de concessões, que foi o modelo que trouxe mais de 70 empresas para investirem no Brasil, permitiu um aumento grande da produção de petróleo no Brasil durante todo aquele período, não possa também ser um modelo que possa voltar a ser executado em determinados casos”, disse o tucano.Pelo regime de concessão, criado pelo governo do tucano FHC, por meio da Lei nº 9.478/97, a Petrobras perdeu a exclusividade da exploração do petróleo e passou a concorrer com qualquer outra empresa a exploração da riqueza do país.

As empresas que, para Aécio, “investiram no país”, eram as donas do petróleo brasileiro e podiam determinar o ritmo da exploração.

Pelo regime de partilha, adotado pelo governo de Lula em 2010, todas as áreas de exploração do pré-sal são controladas pela Petrobras. Ou seja, o Estado brasileiro volta a controlar a exploração.

“O que me preocupa em relação à partilha é a capacidade da Petrobras de fazer, no tempo adequado, o volume de investimentos que está demandada a fazer, que é obrigada a fazer”.

O regime de partilha prevê, ainda, que a estatal tenha participação de, no mínimo, 30% em todas as áreas licitadas. Ao defender o modelo de concessão, Aécio demonstrou desconhecimento e descompromisso com o desenvolvimento do Brasil.

“O Brasil leiloou a maior área de petrolífera, a maior descoberta petrolífera do nosso mundo contemporâneo. E conseguiu, para esse leilão, um consórcio apenas. E ainda com a participação da Petrobras”, declarou.

Por Aline Baeza, da Agência PT de Notícias

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