Agora, Bolsonaro quer deixar o povo sem acesso a medicamentos

No caso de sua extinção, 22 milhões de pessoas ficarão sem acesso medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90%. Para o ex-ministro e criador do Farmácia Popular, e atual senador Humberto Costa (PT-PE), a medida pode comprometer ainda mais o SUS

Site do PT

Senador Humberto Costa, criador da Farmácia Popular

Para arrecadar recursos para os planos eleitorais de Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes anunciou que pretende enxugar ou mesmo acabar com programas sociais. Um deles é o programa Farmácia Popular, criado pelo Partido dos Trabalhadores, durante o primeiro governo Lula. O programa foi criado em 13 de abril de 2004, pela Lei nº 10.858, e regulamentado pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004.

O projeto foi criado e implementado pelo então ministro da Saúde, Humberto Costa, atualmente senador pelo PT de Pernambuco. Até hoje, o site do Ministério da Saúde destaca que o programa foi criado com o “objetivo de oferecer mais uma alternativa de acesso da população aos medicamentos considerados essenciais”. O programa cumpre uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, diz ainda o site oficial.

No entanto, apesar de sua importância para a saúde dos mais pobres, e para não mexer com os lucros dos bancos, o programa é um dos alvos de Guedes. “Bolsonaro dá sequência ao plano de acabar com os programas sociais do PT e prepara o fim do programa Farmácia Popular. O programa permite comprar remédios com preços acessíveis e distribui gratuitamente medicamentos para hipertensão e diabetes”, denuncia o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).

No caso de sua extinção, 22 milhões de pessoas ficarão sem acesso medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90%. Para o ex-ministro e criador do Farmácia Popular, a medida pode comprometer ainda mais o SUS. “Os medicamentos distribuídos pelo programa tratam doenças crônicas. Se as pessoas não tratarem preventivamente o problema, correm o risco de ir para o SUS com doenças ainda mais graves e, mesmo assim, serem vítimas de uma morte prematura”, explicou Humberto.

Os principais usuários são os idosos e pessoas pobres com doenças crônicas. O programa dá acesso acesso a medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes, asma, rinite, dislipidemia, doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Também a antibióticos, ansiolíticos, antifúngicos e anti-inflamatórios. E, ainda, a contraceptivos e fraldas geriátricas.

Da Redação, com PT no Senado

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