Antes e depois das urnas, bolsonaristas espalham fake news sobre fraude

Desde o início de outubro, mentiras buscam descredibilizar urnas eletrônicas. Derrotados, Carla Zambelli, Joice Hasselmann e Bolsonaro insinuam fraude e jogam contra a democracia

A derrota da extrema-direita e dos candidatos bolsonaristas em diversos municípios do Brasil fez reverberar nas redes acusações mentirosas de fraudes nas urnas eletrônicas. O coro de maus perdedores sem compromisso com a democracia já foi escutado nos Estados Unidos, com Donald Trump apontando sem provas a existência de fraude. Agora, como já era esperado, chega ao Brasil através de nomes como Jair Bolsonaro, Carla Zambelli (PSL-SP) e a ex-aliada de Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSL-SP).

As acusações mentirosas contra o sistema eleitoral brasileiro já eram esperadas e não começaram ontem. Desde o início de outubro a Verdade na Rede tem alertado para os ataques às urnas feito pelos bolsonaristas através de fake news. De lá pra cá, o tema predomina entre as desinformações espalhadas nas redes. Sem respeitar as divergências, a extrema-direita adota a postura autoritária de questionar o sistema eleitoral sem qualquer evidência que sustente as acusações.

Como informou à Folha de S.Paulo Thiago Tavares, presidente da SaferNet, parceira do Ministério Público Federal, ataques hackers coordenados foram planejados para serem executados no dia das Eleições a fim de deslegitimar o processo e alegar fraudes. Não há qualquer evidência de que um ataque hacker tenha ameaçado a votação, já que o sistema das urnas eletrônicas funciona desconectado da internet e é autônomo. Dados vazados ontem por hackers são antigos ou já públicos, sem qualquer relação com as eleições, apenas com a intenção de descredibilizar as urnas eletrônicas.

As urnas são sempre auditadas e comprovantes são emitidos ao fim do pleito, permitindo que qualquer um possa contabilizar os votos e ver se eles coincidem com os do TSE. Até hoje, nunca foi comprovada nenhuma fraude.

Há ainda um sistema de criptografia, como explica Paulo Lício de Geus, da Sociedade Brasileira de Computação, ao Estadão: caso alguém tente inserir dados falsos de votação, eles não serão aceitos pela criptografia.

Nesta segunda,16, Bolsonaro novamente pôs a democracia na mira, ao dizer que o Brasil precisa de um sistema confiável e rápido, levantando dúvidas sobre as Eleições. A respeito da derrota dos candidatos que apoiou, Bolsonaro não comentou.

Sua apoiadora, a deputada federal Carla Zambelli também espalhou desinformação no Twitter ao falar que as urnas não podem ser auditadas. Na verdade, as urnas são auditadas, com a presença de representantes dos partidos, da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público.

Sétima colocada na disputa para a prefeitura de São Paulo, Joice Hasselmann levantou suspeita de fraude na corrida eleitoral da capital paulista. O próprio Twitter marcou sua postagem com o alerta: “Esta reivindicação de fraude é contestada”.

Bia Kicis (PSL-DF), Major Fabiana (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR) também colocaram em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.

O PT é o partido mais presente no 2º turno em cidades. As fake news não vão parar por aí. Contamos com sua ajuda! Denuncie!

Da Casa 13

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast