Após denúncia de Bebianno, Rogério Correia protocola convocação de Moro

O deputado federal Rogério Correia (MG) protocolou requerimento de convocação de Sérgio Moro para que ele explique sua atuação como cabo eleitoral de Jair Bolsonaro

Lula Marques

O vice-líder da Bancada do PT na Câmara, deputado federal Rogério Correia (MG), protocolou nesta terça-feira (19), na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, requerimento de convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para que explique sua atuação – ainda no papel de juiz à frente da Lava Jato – como cabo eleitoral de Jair Bolsonaro na campanha presidencial do ano passado.

O requerimento baseia-se em denúncia do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno, em entrevista ao jornalista Fábio Pannunzio, de que o então juiz da Lava Jato se reuniu de cinco a seis vezes com aquele que seria o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, antes do primeiro turno da eleição, para negociar seu cargo no novo governo.

Relação promíscua

 

“Considero que o ministro Sérgio Moro deve explicações a esta Casa, as denúncias são muito graves e a administração pública precisa apurar em detalhes esta relação promíscua entre um juiz e candidatos favorecidos por suas decisões”, argumenta o deputado em seu requerimento.

O parlamentar recordou que neste ano Moro mentiu duas vezes no Congresso Nacional – na Câmara e no Senado – quando negou que tivesse tratado de sua nomeação para o governo Bolsonaro antes das eleições. “Houve uma tramoia no período eleitoral”, denunciou Rogério Correia.

Juiz que atuou como candidato e ministro

 

O deputado protocolou também requerimento em que convida Bebianno a prestar esclarecimento sobre sua denúncia em audiência pública a ser realizada na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público.

Em entrevista (veja o vídeo abaixo), Rogério Correia qualificou a denúncia de Bebianno como “muito séria”, pois como juiz Moro atuou como candidato a ministro, além de favorecer o seu futuro chefe, numa flagrante ilegalidade.

Foi assim, lembrou o parlamentar, que Moro proibiu entrevista de Lula à Folha de S. Paulo antes das eleições e inventou e divulgou à imprensa uma pseudo delação do ex-ministro Antônio Palocci para prejudicar o candidato do PT, Fernando Haddad. “E isso tudo depois te ter agido de má-fé e condenado Lula sem provas, para ajudar Bolsonaro na campanha eleitoral”, completou.

Por PT na Câmara

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