Benedita lembra data de combate à violência contra mulher e cita racismo e o sexismo

Deputada petista registrou em plenário a passagem do Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, 25 de novembro

Deputada federal Benedita da Silva

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) registrou em plenário a passagem do Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, 25 de novembro. “A Câmara terá, nos 16 dias de atividade, grandes manifestações, tanto na Câmara quanto no Senado e conjuntamente, para que esta data seja lembrada com compromissos e políticas de combate à violência contra a mulher”, afirmou.

A parlamentar petista explicou que nesta data, em 1960, as irmãs Mirabal, conhecidas como As Mariposas, foram assassinadas na República Dominicana porque lutavam contra a ditadura naquele país. A partir de então, passou-se a ter o 25 de novembro como o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. “A cada ano, para além de reverenciarmos estas irmãs, a data se transforma em referência de luta pela não violência, porque a violência contra a mulher tem raça e cor”, disse Benedita.

A deputada Benedita da Silva citou dados do Mapa da Violência 2015 e que revelam que os assassinatos de mulheres no Brasil cresceram entre 2003 e 2013. “A maioria desses crimes (55,3%) são cometidos no ambiente doméstico, ou seja, por familiares. O racismo e o sexismo são os principais componentes dessa tragédia que é o assassinato das mulheres negras. Como se não bastasse elas mesmas serem vítimas da violência, as mulheres negras ainda precisam conviver com a violência que mata seus filhos, jovens negros vítimas dos altos índices de homicídios em nosso país”, disse.

Na avaliação da parlamentar do PT, essas mulheres são vítimas da ausência de políticas públicas em todas as esferas de poder. “Faltam políticas públicas destinadas às mulheres negras. Políticas públicas específicas para grupos específicos da população. E por essas e outras razões no dia 18 de novembro cerca de 20 mil mulheres negras estiveram em Brasília para a primeira Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver. Marchamos em defesa da cidadania plena das mulheres negras brasileiras, da democracia e em defesa do Estado de direito”, enfatizou.

De acordo com Benedita da Silva, a violência contra a mulher tem dados alarmantes e raízes culturais. “Os esforços atuais para conter a violência contra a mulher se mostram insuficientes para combater a morte da mulher negra. Combater a violência contra a mulher negra também é uma maneira de promover a igualdade racial.

Para ela, é preciso mudar a cultura da sociedade. “Precisamos mudar a cultura da nossa população como um todo, para o respeito à diversidade, à pluralidade e menos preconceito. A violência contra as mulheres não será eliminada com nenhuma mágica. Mudanças de atitude e de comportamento impedirão o inaceitável crescimento e a banalização dessa violência”, finalizou a petista.

Por Gizele Benitz, do PT na Câmara

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