Bolsonaro promove “procissão da pandemia” em São Paulo

Atividade de interesse particular e eleitoral mobilizou 6.300 policiais e custou, pelo menos, R$ 1,2 milhão apenas em segurança

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Aliado do vírus, Bolsonaro promove a morte

A “motociata” promovida por Bolsonaro neste sábado, 12, custou aos cofres públicos do Estado de São Paulo R$ 1,2 milhão, apenas na operação de segurança, segundo a  Secretaria de Segurança Pública do estado.

A ação teve a participação de 6.300 policiais, com a atuação de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque e Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Regaste.

O evento também contou, segundo a Folha de S. Paulo, com o apoio de cinco aeronaves, dez drones e aproximadamente 600 viaturas —entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais.

Segundo os jornais, ao contrário da fake news bolsonarista, apenas 12 mil motos participaram do evento, muito distante das 400 mil prometidas pelos organizadores. Segundo o Detran-SP,  a frota total de motos no Estado de São Paulo é de 4.887.149. Na capital, a quantidade é de 1.076.861 de veículos de duas rodas.

Passeio entre 500 mil mortos

“Quase 500 mil mortos pela Covid-19. E o presidente decide fazer um passeio de moto pelas ruas de São Paulo, em meio a uma aglomeração? Em meio a maior crise de Saúde já vista no Brasil, qualquer prática genocida de morte deve ser respondida com investigação e impeachment”, denunciou o deputado federal (PT-SP) e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), relator da CPI da Covid, no Senado Federal, “entre motos e mortos, Bolsonaro pilota a procissão da pandemia. O equilíbrio que sobra para o motociclista-presidente falta para o presidente na motocicleta”. Enquanto Bolsonaro passeia, o país avança perigosamente para um aumento descontrolado da contaminação, segundo alertaram especial da Fiocruz.

Moto com placa tapada

Além de gastar recursos públicos para sua atividade de interesse particular, Bolsonaro também pilotou uma moto com placa tapada, denunciou o jornalista Guilherme Amado (veja abaixo).

“Adulterar placas é uma violação ao Código Penal, que no artigo 311 prevê pena de três a seis anos de reclusão, além de multa. Se o presidente não cumpre a lei, por que os outros cidadãos irão cumprir?”, advertiu o jornalista.

Multado por não usar máscara

Como havia alertado durante a semana, o governo de São Paulo autuou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste sábado (12) por gerar aglomeração e por não usar máscara de proteção facial contra a COVID-19 no evento.

Durante a “motociata”, um acidente envolveu diversas motocicletas, provocando um engarrafamento ao longo do percurso, como mostrou a cobertura ao vivo da Rede Bandeirantes (veja abaixo).

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