Brasil está próximo de erradicar a pobreza extrema

Políticas públicas implementadas nas gestões de Lula e Dilma permitem que País celebre o Dia Mundial de Erradicação da Miséria com queda de 87% da pobreza multidimensional crônica

No Dia Mundial para a Erradicação da Miséria, o Brasil tem diversos índices sociais a comemorar. Com 15 anos de antecedência, o País está próximo de alcançar a meta de erradicação da pobreza extrema, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030.

Em 12 anos, o índice de brasileiros que vivem com renda abaixo de US$ 1,25 por dia caiu de 8,1% para 3,1%, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A pobreza multidimensional crônica, que considera outros fatores além da renda, caiu 87% entre 2004 e 2013, segundo análise do Banco Mundial. Em 2013, 1,1% da população estava nesta situação.

Desde 2003, o Brasil elaborou uma série de políticas públicas para cumprir o compromisso assumido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva de melhorar a qualidade de vida da população, sobretudo da região Nordeste, flagelada pela fome e invisibilizada em gestões anteriores.

“Em um curto espaço de tempo, conseguimos mostrar que, quando o governo e a sociedade colocam a pobreza e a fome no centro da agenda pública, você consegue cumprir os objetivos, por mais ambiciosos que pareçam”, ressaltou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate á Fome, Tereza Campello, em matéria publicada no site da pasta.

Lula criou o programa Fome Zero, considerado pela ONU um exemplo mundial no combate à pobreza e replicado em diversos países. O brasileiro José Graziano assumiu a responsabilidade, à época, de coordenar a implementação do programa.

Como resultado de seu trabalho, Graziano está no segundo mandato como diretor-geral da Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ele foi o primeiro latino-americano a assumir a função.

A implementação do Bolsa Família também responde pela redução da carência extrema no País. Em 2012, o programa passou a oferecer uma complementação de renda para a superação da pobreza extrema.

“Hoje, nenhuma família beneficiária vive com renda abaixo de R$ 77 por pessoa da família, valor que corresponde à linha de extrema pobreza definida pelas Nações Unidas”, ressalta o MDS.

Na avaliação do ministério, outras políticas, como as de acesso à educação e saúde contribuíram para reduzir a pobreza onde ela era mais resistente: entre a população negra, crianças e na região Nordeste.

Em 2002, quando Lula foi eleito, mais de 214 milhões de nordestinos viviam em situação de pobreza. Em 2012, eram 9,6 milhões, segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo, com dados do IBGE.

Mapa da Fome – A redução da fome é outra conquista histórica das gestões petistas. No ano passado, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU. Entre as nações mais populosas, o Brasil teve a maior queda de subalimentados, entre 2002 e 2014.

De acordo com a ONU, a redução foi de 82,1%. No mesmo período, a América Latina reduziu seu índice em 43,1%. São 3,4 milhões de pessoas que passam fome na maior nação latino-americana. Em toda a região, são 34,3 milhões.

Data – Em 1992, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o 17 de outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Anos depois, em 1987, Joseph Wresinski convidou cem mil pessoas de vários países para celebrarem pela primeira vez a data, na Praça dos Direitos Humanos e da Liberdade, em Paris.

No local foi assinada, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e a extrema pobreza foi considerada uma violação dos direitos humanos.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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