Cândido:”A partir das mudanças, teremos outra cultura política”

Em artigo publicado no jornal “O Globo”, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) discorre sobre a reforma política aprovada pelo Congresso no ano passado

Arquivo facebook do deputado Vicente Cândido

Deputado Vicente Cândido ( PT- SP)

O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) defendeu, em artigo divulgado pelo “O Globo” nesta segunda-feira (19), reformas estruturantes para que seja efetivamente criada uma nova cultura política no Brasil.

O parlamentar, que foi relator do projeto de reforma política na Câmara dos Deputados, falou sobre a importância de uma mudança a longo prazo para a reforma seja realmente eficiente. “A primeira constatação é de que reformas estruturantes têm que ser para médio e longo prazos. Na tentativa de reforma política que fizemos, o grande ponto de obstrução foi o ano de 2018 na pauta. Não fosse isso, poderíamos ter avançado mais. Ainda assim, as mudanças implementadas, que considero significativas, são as de longo prazo.”

Certamente, a partir das mudanças, teremos outra cultura política. Longe ainda da que precisamos construir. O sistema de votação atual não é compatível nem com o financiamento público, nem com o privado. Dessa forma, as eleições continuarão com risco muito grande de abuso de poder econômico, desvios e crimes”, apontou Vicente Cândido.

O deputado ressaltou que o sistema atual não tem estrutura para fiscalizar os mais de 20 mil candidatos e não há financiamento que cubra  uma eleição com tantos integrantes. Ele classificou como “vergonhoso” o custo do voto no Brasil que é de cerca de R$ 800. De acordo com ele, esse valor é de R$20 a R$ 30 em países democráticos e com eleições transparentes.

“Assim como é vergonhoso termos um dos menores índices de participação feminina e de afrodescendentes no processo eleitoral”, argumentou, elencando outras falhas do sistema eleitoral brasileiro.

O deputado ressalta que a participação do povo é importante para que as decisões e planos sejam feitos de todos para todos “com entidades organizadas, pessoas de todos os setores exercitando cidadania, se apropriando de temas importantes para o país, provocando debates com aqueles que vão postular um cargo no Congresso e no Executivo, é possível criar parâmetros para cobranças, como exigir que os presidentes dos legislativos coloquem na pauta um projeto feito a muitas mãos, pela sociedade em interação com partidos e candidatos.”

Da Redação da Agência PT de notícias

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