Com bomba, bala e spray, PM reprime ato contra Bolsonaro no Recife

Violência injustificada terminou com senhora caída, atingida por bala de borracha, e vereadora do PT agredida com spray de pimenta de maneira covarde

Reprodução Twitter

Senhora é socorrida após ser atingida por bala de borracha

A Polícia Militar de Pernambuco reprimiu com violência o ato contra Jair Bolsonaro realizado na manhã deste sábado (29) no Recife. Na Avenida Dantas Barreto, no Centro, os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, além de agredi-los. Houve ainda relatos de pessoas atingidas com balas de borracha, e a vereadora do PT Liana Cirne foi atacada com gás de pimenta no rosto.

Vídeo postado nas redes sociais mostra uma senhora caída no asfalto, sendo aparada por outros manifestantes, após ser atingida por uma bala de borracha. Ela suspira e leva a mão ao peito, com o rosto contraído de dor. Um outro manifestante foi atingido no olho e perdeu a visão esquerda. Daniel Campelo não participava do ato e estava na região para comprar material necessário ao trabalho de adesivador de carros.

Já a vereadora Liana Cirne foi covardemente atacada por um policial após se aproximar de um carro da PM na tentativa de negociar com os policiais. Um deles disparou um tubo de spray de pimenta a pouco centímetros do rosto de Liana, que foi ao chão. A viatura deixou o local rapidamente após a agressão.

Outro vídeo mostra as pessoas correndo com o som das bombas lançadas pela polícia ao fundo (veja as imagens abaixo).

 

Quem ordenou o ataque?

Não havia, até a última atualização desta matéria, explicação para a repressão violenta por parte da PM. O protesto ocorria de forma pacífica e, segundo a vice-governadora do estado, Luciana Santos (PCdoB), o governo não deu ordem para os militares agirem dessa forma. Mais tarde, o governador Paulo Câmara (PSB) disse o mesmo e iniciou investigação.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu com indignação e cobrou uma resposta. “Inacreditável! Pra que isso?!”, questionou. Já a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) chamou a ação de “inadmissível. “Quem deu ordem para a PM atacar uma manifestação pacífica? A PM agiu por conta própria? Precisamos de respostas!” Presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado, Humberto Costa (PT-PE) repudiou a violência e cobrou apuração imediata. A Secretaria Nacional de Mulheres também emitiu nota de repúdio.

Protestos contra Jair Bolsonaro ocorrem em mais de 200 cidades do país e até mesmo do exterior. Em algumas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, dezenas de milhares foram às ruas pedir o fim do governo que, com sua gestão criminosa da pandemia, provocou mais de 450 mil mortes por Covid-19.

Da Redação

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