Com João Paulo, Recife é a capital da resistência ao golpe

De um lado está a candidatura petista, foco de luta em defesa dos trabalhadores; do outro, o aliado do usurpador Temer, que teve apoio do PSB para dar golpe

Foto: Társio Alves

A eleição municipal no Recife (PE) extrapolou os limites da cidade. Assim como o Rio de Janeiro, a capital pernambucana se tornou foco e local de luta e resistência ao golpe, à retirada de direitos, ao ataque à democracia.

E a resistência se concretizou, especialmente neste segundo turno das eleições, em torno da candidatura de João Paulo (PT), o candidato da esquerda, do povo, o ex-prefeito que após oito anos de gestão saiu da Prefeitura com 84% de aprovação.

Nas suas palavras, o Recife, única capital em que o Partido dos Trabalhadores tem candidato próprio no segundo turno, “é uma das poucas capitais que ainda se mantém firme com a disputa de uma candidatura de esquerda para resistir ao golpe desferido contra o País e contra os trabalhadores”.

“Nós temos plena condição de ganhar essa eleição e nos tornarmos uma grande referência para a esquerda e um polo de resistência democrática em nosso País”, garante o petista, assegurando que o recifense não aceita o golpe que foi dado no Brasil.

Foto: Társio Alves

Foto: Társio Alves

Segundo João Paulo, o País vive hoje uma política de “perseguição implacável a um projeto político, a Lula, ao Partido dos Trabalhadores e aos partidos de esquerda”.

“Nesse momento onde nossas conquistas políticas e sociais estão ameaçadas, diversas forças sociais e populares se unem à nossa militância na perspectiva do Recife ser uma das capitais a dar uma resposta ao Brasil pela esquerda”, avalia João Paulo.

Por isso, para ele, a sua ida ao segundo turno tem “a simbologia da resistência do nosso povo, reforçando a história de luta da nossa cidade”.

O petista tem a clara compreensão de que está em disputa no Recife muito mais do que apenas a escolha de quem será o próximo prefeito da cidade.

Foto: Társio Alves

Foto: Társio Alves

“O que está em jogo é a escolha, pela cidade, do projeto político, de visão de mundo, de compreensão do ser, das pessoas. O nosso projeto quer incluir, quer uma sociedade onde todos possam ter acesso à saúde, à educação com mais dignidade. Nosso projeto representa a retomada das conquistas e dos avanços populares que o Recife vivenciou quando fui prefeito”, declarou.

Do outro lado está o atual prefeito e candidato a reeleição pelo PSB, Geraldo Julio.

Seu partido apoia o usurpador Michel Temer (PMDB), tem ministro no governo golpista e todos os deputados federais do PSB de Pernambuco votaram ‘sim’ pelo golpe que afastou a presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff.

O mesmo PSB, lembra João Paulo, que por anos foi aliado do PT em âmbito nacional, compôs os governos da ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma. E que, no Recife, fez parte dos 12 anos de gestões petistas na cidade.

“É com muita tristeza e pesar que vejo aqueles que se diziam de esquerda, que se diziam aliados do PT, do presidente Lula, meus aliados, que foram beneficiados com cargos no nosso governo, com projeção nacional, e hoje têm o cinismo de dizer que o tempo do PT passou, porque ele não quer discutir o presente e tenta esconder o passado”, afirma.

tmMas para aqueles que não acreditavam na sua candidatura, João Paulo responde: “nós chegamos ao segundo turno e temos condições de ganhar, porque a população do Recife mostrou que está insatisfeita com a atual gestão do PSB”.

E mesmo em um cenário desfavorável nacionalmente e disputando contra duas máquinas – municipal e estadual – o petista, ex-metalúrgico e melhor prefeito que o Recife já teve chegou ao segundo turno.

Para ele, isso se deve a “força extraordinária da nossa militância, que foi elemento fundamental para a nossa vitória em 2000 e será novamente na nossa vitória em 2016”.

Por Luana Spinillo, do Recife, para a Agência PT de Notícias

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