Congresso da UNE aumenta força dos estudantes no combate aos retrocessos

Defesa permanente à educação diante das ameaças impostas pelo governo Bolsonaro é um dos temas centrais da 57º edição do evento; Brasília será palco de ato na sexta (12)

Alessandro Dantas/PT no Senado

A 57ª edição do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que acontece até domingo (14) em Brasília, chega em momento providencial diante de cenário político tão alarmante.

Era previsto, portanto, que os milhares de jovens reunidos no encontro bienal da entidade colocassem a defesa da própria educação como pauta primordial – nesta sexta (12) as ruas da capital federal devem ser tomadas por novo ato contra os ataques do governo às instituições públicas de ensino.

Mas até quando será necessário que estudantes, professores e profissionais da educação se mantenham mobilizados contra inimigo tão forte? Para o secretário da Juventude do PT, Ronald Sorriso, a mobilização seguirá firme e forte até que todo e qualquer retrocesso seja interrompido.

“Quando todo mundo parecia sem força para reagir aos retrocessos de Bolsonaro foram os estudantes que levaram milhões às ruas para começar a impor derrotas a este governo e pode ter certeza que a luta será ainda maior daqui para frente”, avaliou o dirigente petista durante Plenária da JPT realizada dentro da programação do Congresso.

Quem também falou na ocasião foi a presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann: “Chegar aqui neste Congresso renova as nossas esperanças. Eu tenho muito orgulho da juventude do partido e de todos os movimentos estudantis que aqui estão. Tenho certeza que a contribuição de vocês será muito grande. É a energia de cada um de vocês que estão aqui que nos dá força para continuar a lutar”.

Mais livros, menos armas

A abertura do Congresso, ocorrida na quarta (10), foi marcada pelo lançamento da campanha “Mais livros, menos armas”, iniciativa que reitera o poder transformador da leitura como instrumento de combate à violência e inclusão social – é notória a obsessão de Bolsonaro por armas de fogo e sua aversão a qualquer política que diminua as desigualdades. No ato ocorrido na Universidade de Brasília (UnB), estudantes desfilaram com estandartes de diversas obras importantes da literatura brasileira.

Além da defesa permanente à educação, o 57º Congresso da UNE tem como temas centrais o combate ao desemprego (que afeta milhares de jovens do país) e à proposta de reforma da Previdência. A projeção feita pela UNE é que a edição deste ano ultrapasse em números a de 2017, em Belo Horizonte (MG), que teve cerca de 15 mil participantes.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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