Crise pós-golpe faz um quinto do país voltar a cozinhar com lenha ou carvão

Desastre econômico e social iniciado a partir de 2016, ano do impeachment sem crime de Dilma Rousseff, levou cerca de 14 milhões de lares a abrirem mão do gás de cozinha

A Verdade

Mulher acende lenha e madeira para cozinhar

Sem qualquer proposta para gerar emprego e renda, o desgoverno de Jair Bolsonaro parece não dar a mínima para os retrocessos impostos a partir do golpe de 2016, como o aumento astronômico do preço do gás de cozinha: de acordo com último levantamento divulgado pelo IBGE, um quinto das famílias brasileiras já passou a usar lenha ou carvão para cozinhar. 

Como se não bastasse o aumento do desemprego e o risco permanente de o país voltar ao mapa da fome,  agora ao menos 14 milhões de lares estão preparando alimentos sem o produto – alta de 27% ou mais 3 milhões de domicílios nos últimos dois anos.

O retrocesso, que conduz o país de volta a períodos remotos do século 20, está justamente associado à falta de oportunidades de emprego no mercado entre os anos 2016 e 2018, período em que o golpista Michel Temer esteve no poder e contemplado pelo levantamento. Somente no período, o gás de cozinha acumulou alta de 24% e a taxa média de desemprego passou de 11,5% para 12,3%.

A expectativa de impor um recuo nos preços esbarra, mais uma vez, nas propostas anunciadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Em abril, o guru de Bolsonaro disse que o gás de cozinha vai passar a custar a metade em até dois anos , “dentro do plano do governo de quebrar o monopólio do refino do petróleo”. Traduzindo, Guedes novamente usa um problema crônico surgido a partir da política entreguista e neoliberal pós-golpe contra Dilma Rousseff para justificar uma possível abertura da Petrobras ao capital estrangeiro.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações de O Globo e do IBGE.

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