Dia da Mulher: Fátima Bezerra defende mais vacina e proteção social

Governadora do Rio Grande do Norte lembra que a pandemia tem afetado de forma mais dramática as mulheres

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Fátima Bezerra: "Temos o dever de fazer um combate sem trégua ao feminicídio"

Única mulher à frente de uma das unidades da federação atualmente, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), considera que este Dia Internacional da Mulher é um dos mais desafiadores que já houve para as brasileiras, especialmente prejudicadas pela pandemia de Covid-19 que assola o país.

“É o 8 de março mais difícil de nossas vidas”, disse a governadora em entrevista ao jornalista Breno Altman, lembrando que sua voz se une à de todas as demais mulheres, tanto as que hoje lutam por mais direitos quanto as que iniciaram as reivindicações em gerações passadas, como Nísia Floresta, pioneira da educação feminista no Brasil nascida no estado hoje comandado por Fátima.

No contexto da pandemia, a luta das mulheres é, segundo ela, por “mais vacina e proteção social do Estado brasileiro, para que as mulheres possam sobreviver e ter uma vida com dignidade e sem violência”. “Nós temos o dever, a obrigação, de fazer um combate sem trégua a tudo o que diz respeito ao feminicídio, à violência contra as mulheres. Olhando todas mulheres, do campo e da cidade. É o nosso dever”, defende a governadora, que tem reduzido os índices de violência doméstica no estado, ampliado o número de casas-abrigo e investido em programas como o Chega Junto, conjunto de ações que minimiza os impactos da pandemia sobre mulheres em situação de vulnerabilidade e outros grupos que demandam especial atenção do Estado, como a comunidade LGBTIQ+, pessoas em situação de rua, povos tradicionais e idosos.

Representatividade

O olhar, porém, mira ainda mais longe, em um país onde os espaços de protagonismo serão ocupados verdadeiramente pelas mulheres: “Nós temos uma longa caminhada pela frente. Os dados falam por si só. Quantas somos no Congresso Nacional? Nos 27 estados da federação? Hoje eu sou a única mulher”.

Pedagoga, Fátima defende também investimentos maiores na educação e cobra a inserção dos professores na lista de prioridade de vacinação, além da expansão do ensino em tempo integral e da oferta de creches. A educação, não tem dúvidas, é um caminho essencial para a redução das desigualdades sociais, que ajudará, inclusive, a reduzir a sobrecarga que ainda recai sobre as mulheres. “Já pensou ter creche de boa qualidade para esta criançada?”, convida.

Da Redação

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