Dias defende ampliação da compra de vacinas e vê risco de escassez

Presidente do Consórcio Nordeste defende renovação de contratos para compra de vacinas e insumos e dose de reforço aos primeiros vacinados no país. “Temos o desafio das variantes Delta e Andina”, alerta

O presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática das vacinas no Fórum dos governadores Wellington Dias (PI) defendeu, nesta terça-feira (31), a renovação urgente dos contratos de compra de vacinas e de IFAs (Ingrediente Farmacêutico Ativo) pelo Ministério da Saúde. O governador teme o risco de escassez de imunizantes contra a Covid-19 no país. Segundo Dias, os contratos com a AstraZeneca e a CoronaVac estão perto do fim, justo diante do desafio de o país cumprir a meta de vacinar todos acima de 18 anos até outubro, além do início de uma dose de reforço aos primeiros imunizados.

De acordo com o governador, “vamos ficar somente com contratos da Pfizer e Jansen, que são importantes contratos, mas corremos risco de redução no ritmo de vacinação, na quantidade de vacinados diária, por falta de vacinas.”

Temos o desafio das variantes Delta e Andina, que nos rodeiam”, advertiu Dias. Para o governador, trata-se de uma situação de risco, “especialmente pela baixa da imunização de muitas pessoas que tomaram as primeiras doses lá atrás, pessoal da saúde, [pessoas com] mais de 70 anos e os com comorbidades, especialmente”.

Daí a necessidade de uma ampliação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), argumentou. “Precisamos de mais vacinas para quem ainda não tomou, e já devemos priorizar, reduzindo para o tempo cientificamente recomendado mínimo, completar a segunda dose para quem já tomou a primeira e ainda a terceira dose para aquele primeiro grupo lá do início da vacinação”, declarou o governador.

“O que planejamos foi chegar em outubro com todas as pessoas com mais de 18 anos vacinados e com primeira e boa parte delas com segunda dose”, disse Dias. Para o governador, o Brasil ter saído do colapso hospitalar foi uma vitória da ciência, assim como uma redução das mortes por Covid-19.

O governador enfatizou, no entanto, que os óbitos estão em patamar alto demais e que o país tem de cumprir a meta de chegar ao mês de outubro “com os primeiros dias sem óbitos” e “com baixa internação em UTI”.

Para isso, o país precisa ampliar compra de vacinas pelo PNI. “A Fiocruz pode chegar a mais de 30 milhõe de doses diárias e o Butatan também, com IFAs para Coronavac e Butanvac, vacina brasileira, podendo chegar a outros 30 milhões de doses por mês”, relatou Dias.

“Assim, com capacidade para até 70 milhões de doses produzidas por mês no Brasil, podemos completar imunização rápida e ainda ajudar outros países exportando vacinas”, justificou o governador.

Da Redação, com Assessoria do Consórcio Nordeste

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