Dilma reafirma compromissos com a juventude e rebate críticas à Copa

Presidente participou do Festival da JPT em São Paulo, onde falou de combate ao racismo e às desigualdades sociais no País

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Dilma com Jefferson Lima e Alexandre Padilha: juventude é estratégica e tem a missão de construir um novo Brasil

A presidenta Dilma Rousseff participou, neste sábado (31), do Festival de Política, Arte e Cultura da Juventude do PT, em Guarulhos (SP). Durante o encontro, que reuniu lideranças de movimentos jovens de todo o País, a presidenta  falou sobre a importância da educação para a redução das desigualdades sociais, rebateu críticas contra a realização da Copa do mundo e ressaltou a importância do jovem na estrutura de um país democrático.

“O jovem é estratégico, pois passa ousadia e esperança e tem a missão de construir o País que queremos no presente”, disse.

Dilma lembrou sua luta contra a ditadura e os tempos em que ficou presa. Para ela, a democracia parecia algo distante. Tão grave quanto os anos de chumbo, lembrou, era a desigualdade social que imperava no Brasil, aprofundada nos anos 80 e 90.

“Nos últimos 12 anos, conseguimos reduzir a desigualdade ampliando o acesso à educação, elevando para a classe média 42 milhões de pessoas e tirando outras 36 milhões da extrema pobreza”, lembrou.

Participaram do evento, os presidentes nacional do PT, Rui Falcão, e do diretório regional de São Paulo, Emidio de Souza, o pré-candidato ao governo do estado, Alexandre Padilha e o secretário nacional de Juventude do partido, Jefferson Lima.

Segundo Dilma, a chave para a construção de um Brasil mais democrático é a educação. Por isso, o governo federal investiu nos últimos 12 anos na ampliação do acesso dos jovens por meio de programas como o Enem, construção de instituições públicas de ensino superior, escolas técnicas e a criação de políticas sociais, como o sistema de cotas para negros.

Negros – Um dos organizadores do encontro, o secretário Jefferson Lima, ressaltou que a pauta prioritária da juventude petista é a luta contra o genocídio da juventude negra. Segundo ele, o índice de mortalidade de negros, majoritariamente de baixa renda, entre 15 e 29 anos é preocupante.

Dilma salientou a criação do Juventude Viva, que congrega questões de segurança pública e organizações de ações afirmativas. Ao todo, são 11 ministérios integrados nesse trabalho.

“Detectamos as decorrências do racismo e criamos condições para derrotá-lo”, argumentou a presidenta.

A presidenta aproveitou o tema para falar da Copa do Mundo 2014, que será utilizada para combater o racismo no Brasil. “Somos o maior país negro fora da África e é revoltante, por exemplo, a forma como o racismo é expresso no futebol”, lembrou.

Para Dilma, foi motivo de grande orgulho 53% da população brasileira se declarar negra, segundo dados do IBGE 2010. “Para mim, é como se o povo brasileiro olhasse no espelho e visse ali a sua origem, a sua alma”.

Copa – Dilma também respondeu às críticas contra os investimentos para a Copa. Ela explicou que os gastos com a construção dos estádios são oriundos de financiamentos, enquanto o dinheiro destinado à educação faz parte do orçamento do governo federal. “O Paim (ministro da educação, Henrique Paim) vai executar R$ 112 bilhões, enquanto o gasto com a construção de estádios é de R$ 8 bilhões”, explicou

“É um absurdo falar que esse dinheiro compromete a educação no Brasil”, disse.

Dilma apresentou comparativos entre o início do governo Lula e a atual situação do dos aeroportos. Em 2003, apenas 33 milhões de brasileiros viajavam de avião. Hoje, são 111 milhões. “Temos que fazer aeroportos para dar conta da quantidade de gente que viaja. O brasileiro que antes nem chegava à porta do aeroporto, hoje, voa”, completou.

 

Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias

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