Efeito Bolsonaro: metade dos jovens quer deixar o Brasil

Dados do Atlas das Juventudes e da FGV apontam que, se pudessem, 47% dos brasileiros entre 15 e 29 anos iriam embora do país. Taxa de desocupação nessa faixa etária passa de 56%

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A dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes não corrói apenas o patrimônio publico e a renda das famílias brasileiras. Destrói também os sonhos da juventude. Sem esperança, 47% dos jovens brasileiros afirmam ter vontade de deixar o país para tentar uma vida melhor no exterior, mostra o Atlas das Juventudes e da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social).

Não é por acaso.  Poucas vezes na história a vida esteve tão difícil para os brasileiros de 15 e 29 anos, que somam hoje 50 milhões de pessoas. Como mostra matéria da Folha de S. Paulo, 70% das pessoas nessa faixa etária relatam dificuldade para conseguir emprego e 27,1% nem trabalham nem estudam, maior índice já registrado no país. Já a taxa de desocupação desse grupo está em 56,3%.

“Esses dados só demonstram que o Brasil pós-golpe de 2016 é um país desalentador para os jovens. Com o governo de Bolsonaro, as expectativas são ainda mais baixas.  Quem tem alguma possibilidade de saída, ainda se planeja para sair do país. Mas e quem não tem? A gente precisa apresentar uma agenda que reverta esse quadro!”, enfatiza o secretário da Juventude do PT, Ronald Sorriso.

Para a presidenta nacional do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), a situação de desamparo dos jovens brasileiros é resultado da destruição dos programas sociais criados para apoiá-los. “Vamos resgatar o Brasil do FIES, Prouni, Pronatec e da efervescência de jovens no mercado de trabalho”, propõe Gleisi, inicando qual é o primeiro passo para tanto: “Só com Bolsonaro fora do governo”.

Fome e desemprego

A falta de políticas que garantissem a renda das famílias durante a pandemia fez com que a vida dos brasileiros se tornasse ainda mais difícil. Pelo menos 116,8 milhões de brasileiros passam fome ou vivem em situação de insegurança alimentar, conforme pesquisa divulgada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

explosão do desemprego, derivada da falta de políticas públicas que visem a retomada do mercado de trabalho, fez a fatia de famílias brasileiras que sobrevivem sem renda efetiva do trabalho passar de um quarto do total, no primeiro trimestre de 2020, para quase um terço no primeiro trimestre de 2021.

Além disso, a taxa de desemprego subiu no país e alcançou 14,7% no primeiro trimestre deste ano. A marca representa recorde na série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012. Com o avanço, o total de desempregados chegou a 14,8 milhões.

Outra pesquisa divulgada em 14 de junho pelo Centro de Políticas Sociais da FGV Social, confirma o que as ruas já sabem: a desigualdade atingiu nível recorde no Brasil, a reboque da queda de renda generalizada. No primeiro trimestre de 2021, a renda média per capita desabou para R$ 995, ou 11,3% a menos que no mesmo período de 2021.

Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo

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