Em Macapá, Professor Marcos se coloca como a esperança para derrotar o bolsonarismo

“Vamos implementar o orçamento participativo e dialogar com as comunidades”, diz o candidato do PT. Ele propõe a criação do Banco do Povo para enfrentar a crise que se alastra na capital do Amapá e  financiar pequenos produtores e empreendedores. “A nossa luta será sempre a luta do nosso povo, somos de esquerda e anti-Bolsonaro”, afirma

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Mergulhado numa crise sem precedentes, enfrentando quase 20 dias sem luz elétrica, por conta da omissão do governo Jair Bolsonaro e da privatização criminosa do sistema elétrico no estado, o povo de Macapá vai às urnas no próximo domingo, 6 de dezembro, com perspectiva de mudanças. A disputa está embolada, mas o candidato do PT, Professor Marcos Roberto, tem se apresentado como o nome da mudança capaz de mudar o quadro político na capital e enfrentar o bolsonarismo.

“A nossa luta será sempre a luta do nosso povo, somos de esquerda e anti-Bolsonaro”, avisa. Ele está crescendo porque vem sendo identificado como um defensor do povo e tem propostas para enfrentar a crise. Aos 49 anos de idade, Marcos é professor do estado há 24 anos, mesmo período que tem de filiação ao PT e, atualmente, dá aulas de matemática na escola Raimunda dos Passos.

Formado em Direito, o candidato do PT exerce a advocacia e tem experiência administrativa. Foi secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá, entre 2011 a 2014, na gestão de Camilo Capibaribe (PSB). Sua vocação para a luta em defesa da Justiça Social e dos direitos sociais vem do berço. Sua mãe, professora Terezinha, 70 anos, foi candidata a vereadora pelo PT em Porto Grande, em 1992.

Marcos está se tornando a grande novidade no cenário político de Macapá, desde que as eleições foram adiadas, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, em razão da situação de calamidade alcançada pelo apagão do sistema elétrico, que mergulhou o estado no escuro, agravando a crise econômica já amplificada pela pandemia do novo coronavírus.

“O que aconteceu aqui no Amapá é a prova de que a privatização não é a solução. E principalmente, dos serviços essenciais”, criticou o petista. “O governo Bolsonaro de todas as formas tenta convencer a população de que o serviço essencial de energia precisa passar para a iniciativa privada”.

Firmeza no cenário político

Candidato do povo | Professor Marcos está preocupado com o agravamento da crise e defende a criação de um banco popular para financiar os negócios na capital do Amapá

As posições firmes do candidato do PT no debate político, em contraposição ao governismo acrítico do candidato bolsonarista, Josiel Alcolumbre (DEM), alteraram a disputa. Até então líder nas pesquisas, o irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se notabilizou pela aliança com Jair Bolsonaro, perdeu o favoritismo e vem derretendo gradualmente. Ele chegou a liderar a disputa com 31%, mas agora tem algo em torno de 20%. Enquanto isso, Marcos avança com críticas diretas ao papel do governo federal e dos Alcolumbres na crise.

“Há um descaso dos nossos governantes”, lamentou, citando o presidente Jair Bolsonaro e Alcolumbre. “É com esse sentimento de união por todos que estão sofrendo que vamos seguindo juntos na luta”, afirma. Professor Marcos está preparado para administrar a cidade e tem aprofundado suas propostas para o enfrentamento da crise econômica diante do caos que está aumentando a pobreza. Entre as medidas que defende, está a criação do Banco do Povo para enfrentar a crise que se alastra na capital do Amapá e financiar os negócios de pequenos produtores e empreendedores.

O petista também anunciou a implantação de algumas políticas públicas que são marcas consagradas pelo partido, como o orçamento participativo. A ideia é tornar o diálogo com o povo uma diretriz política na Prefeitura de Macapá, a fim de assegurar que as comunidades sejam ouvidas. “Vamos dialogar com as comunidades, bairros e distritos, e de lá trazer a demanda para que a gente possa atender isso através do serviço público municipal”, aponta. “Vamos dialogar a partir do Orçamento Participativo e buscar as necessidades para que a Prefeitura faça acontecer o serviço público nas comunidades mais distantes da capital”.

No cenário político do município, que vai às urnas no domingo, 6, dez candidatos disputam a Prefeitura de Macapá, mas a novidade eleitoral é Marcos. Os outros candidatos estão embolados e perdidos na disputa política. Além do professor e de Alcolumbre, os outros candidatos são: Patrícia Ferraz (Podemos), Dr. Furlan (Cidadania), João Capiberibe (PSB), Guaracy (PSL), Cirilo Fernandes (PRTB), Paulo Lemos (PSol), Haroldo Iram (PTC) e Gianfranco (PSTU).

Da Redação

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