Feminicídio: Militante petista é morta pelo marido na BA

A Secretaria Nacional de Mulheres do PT repudia veementemente o feminicídio ocorrido na cidade de Ilhéus (BA) contra a professora Sandra Oliveira

Militante petista vítima de feminicídio. Foto: Reprodução Facebook

A militante petista e professora Sandra Oliveira, 42, foi morta e enterrada no quintal de casa pelo próprio marido, Jefferson Amaral do Carvalho, 46, que depois jogou concreto sobre o local.

O crime, que aconteceu na manhã do último sábado (28), em Ilhéus, na Bahia, foi denunciado pelos vizinhos do casal, que estranharam o buraco concretado no quintal de Jefferson e chamaram a Polícia Militar. Segundo os vizinhos, o casal brigava constantemente, e o marido costumava bater na mulher.

Sandra era formada em pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e professora da Escola Vila Verde. Era conhecida como Sam Oliveira e foi morta com golpes de faca no pescoço. Para a delegacia da cidade, a suspeita é que ela tenha sido morta na noite de sexta-feira (26) e enterrada na cova improvisada no sábado de madrugada.

Sandra foi retirada do local e levada para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Já Jefferson foi encaminhado para a 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) e foi preso logo após confessar o crime. Ele vai responder por homicídio e ocultação de cadáver.

Em nota, a Secretaria Nacional de Mulheres do PT lamentou e condenou veementemente o feminicídio ocorrido na cidade de Ilhéus contra a militante petista. Leia a íntegra da nota:

“A Secretaria Nacional de Mulheres do PT repudia veementemente  o feminicídio ocorrido na cidade de Ilhéus. O Poder Judiciário precisa rapidamente punir o autor desse monstruoso crime. É inadmissível que nos dias de hoje a vida de mulheres continuem sendo ceifadas por causa do machismo e da misoginia.

Justiça para todas as mulheres vítimas do feminicídio.

Justiça para Sam.

Sam presente!

Brasília, 29 de janeiro de 2017

Secretaria Nacional de Mulheres do PT”

Lei do feminicídio

A lei foi decretada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015 e tem como objetivo aumentar o rigor das punições para assassinatos de mulheres motivados por questão de gênero. O texto considera crime hediondo e amplia a pena mínima para 12 anos de reclusão.

O decreto é uma resposta a grande quantidade de violência contra as mulheres, sobretudo em ambientes domésticos, já que mais da metade dos assassinatos de mulheres (50,3%), segundo o Mapa da Violência, são cometidos por familiares e ex-parceiros.

Os governos de  Lula e Dilma investiram fortemente em ações para coibir a violência doméstica, punir agressores e educar a população. Além da Lei do Feminicídio, outros exemplos são a sanção da Lei Maria da Penha e a criação da central telefônica Ligue 180, que funciona 24 horas por dia e orienta a população feminina em situação de abusos e violência.

Retrocessos

A falta de interesse por parte do governo golpista com a discussão de gênero é percebido desde o início da sua gestão. Em maio, o ministro ilegítimo da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou um pacote de medidas relacionadas ao combate à violência contra as mulheres. Entretanto, não deu metas e nem prazo para serem executadas. Até agora, nada foi implementado.

É bom lembrar também que, assim que assumiu, Temer extinguiu a Secretaria de Políticas para as Mulheres, que até então tinha status de ministério. Após a entrada do presidente usurpador, a secretaria se tornou “um puxadinho” dentro do Ministério da Justiça.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Revista Fórum. 

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