Governadores cobram cronograma de vacinação e auxílio de R$ 600

Propostas foram apresentadas nesta sexta-feira (26) em reunião do Fórum de Governadores com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

Foto: Lucas Dias

Para o governador Wellington Dias, a crise sanitária brasileira é um problema mundial: "Por isso uma ajuda humanitária ao Brasil é tão necessária quanto a preocupação com o clima”

O Fórum de Governadores ressaltou, nesta sexta-feira (26), em reunião virtual com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que é urgente a oferta de uma grande quantidade de doses contra a Covid-19 para a população brasileira, assim como é necessário manter o auxílio emergencial no valor de R$ 600 e impedir que a verba para a Saúde sofra o corte previsto pelo governo Bolsonaro no orçamento deste ano.

Na reunião, primeira após a criação de um comitê nacional de combate à pandemia, os gestores estaduais ressaltaram que o grupo deve contar com a participação de governadores e prefeitos. “Não é razoável (a criação do comitê) sem a presença de estados e municípios”, ressaltou o presidente do fórum, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

Dias explicou que os governadores apresentaram uma série de propostas para que os brasileiros possam ser vacinados mais rapidamente. Uma das medidas é a articulação de uma audiência com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para que a Organização Mundial da Saúde ajude o país a obter mais imunizantes. “Também vamos trabalhar com o Reino Unido e manter diálogo com a Índia, a China e a Rússia”, informou o governador.

Outra medida será o acompanhamento, com o Congresso Nacional, das autorizações concedidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na liberação das doses. O grupo também cobrou do Ministério da Saúde um cronograma de entrega de vacinas que explique como e quando o país alcançará a meta de 1 milhão de vacinados por dia, anunciada pelo ministro Eduardo Queiroga.

Recursos

Os governadores ressaltaram que, no momento mais grave da pandemia, o governo federal e o Congresso Nacional não podem tirar recursos da Saúde nem cortar o auxílio emergencial.

“Tratamos de orçamento para a Saúde, para repor aqueles R$ 43 milhões a menos no orçamento deste ano em relação a 2020, e do auxílio emergencial. Como ficou esse vazio de janeiro, fevereiro e março, estamos propondo que seja de R$ 600 nesse período definido, para que a gente tenha condições de repor essa perda”, disse Wellington Dias.

Outro pedido dos governadores foi que se invista em campanhas de conscientização da população, estimulando o uso de máscaras, o cumprimento de quarentena e o respeito às medidas preventivas adotadas por municípios e estados.

Da Redação

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