Hoje é como se não houvesse Governo Federal, diz Lindbergh Farias

Em roda de conversa na Câmara Municipal de SP, senador criticou a condução do governo golpista perante a crise sob a qual o Brasil está vivendo

Paulo Pinto/Agência PT

Senador Lindbergh Farias e a vereadora Juliana Cardoso

A convite da vereadora Juliana Cardoso (PT), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) se reuniu com militantes e público em geral na tarde desta sexta (10) na Câmara Municipal de São Paulo. O vereador Eduardo Suplicy (PT) também foi ao local e conversou com os presentes.

O senador ouviu a todos. Em sua fala, ao fim do evento, Lindbergh criticou veementemente a condução do governo golpista de Michel Temer perante a crise política e econômica sob a qual o Brasil está vivendo.

“Hoje é como se não houvesse Governo Federal. Além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, há 20 estados brasileiros completamente quebrados. Num momento como esse, é fundamental um presidente com legitimidade popular para fazer o contrário o que Temer está fazendo, que é só falar de austeridade e ajuste fiscal. Precisamos de um presidente que aumente investimentos públicos e coloque o crescimento do País como grande prioridade”.

O senador e o vereador Eduardo Suplicy

Para contrapor ao governo atual, Lindbergh recordou o papel do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a crise econômica mundial de 2009.

“Naquele ano, Lula aumentou os gastos sociais em 10% – ‘colocar dinheiro na mão de pobre, porque pobre investe’, como ele disse -, aumentou investimentos sociais, utilizou as estatais e os bancos públicos. Essa é a base. Numa situação como a de hoje deveríamos, por exemplo, reajustar o Bolsa Família e aumentar o salário mínimo”, afirmou.

Precisamos de um presidente que aumente investimentos públicos e coloque o crescimento do País como grande prioridade”

É provável que Temer não chegue ao fim do governo, devido a crise na qual o Brasil está se aprofundando, opinou Lindbergh. Por isso, ele sugeriu aos militantes: “A gente não tem que dizer ‘Lula candidato a presidente em 2018’. A gente tem que dizer ‘Lula candidato a presidente’. Porque pode ser em 2017…”.

Sobre o momento triste da vida de Lula, que perdeu a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, o senador incitou a militância a estar cada vez mais presentes em eventos públicos nos quais o ex-presidente estará presente. “O Lula se alimenta de gente. No velório de dona Marisa ele cumprimentou um por um. Ele estava fazendo isso pelas pessoas, mas também para ganhar energia”.

Por fim, Lindbergh destacou que a bandeira contra a Reforma da Previdência vai permitir unir a esquerda novamente em grandes movimentos populares durante o ano.

“Em 2017 só temos uma saída: transformar em um ano de luta. A gente tem estar nas ruas ao lado dos movimentos sociais”.

Por Bruno Hoffmann, para a Agência PT de Notícias

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