Jefferson Lima é reeleito secretário de juventude durante 3º ConJPT

Para o secretário reeleito, a juventude do PT não quer apenas combater o extermínio da juventude negra, mas também organizar a luta ao lado das vitimas em potencial deste genocídio. “Queremos eles militando na Juventude do PT”

Foto: Lula Marques/Agência PT)

Reunidos na plenária final do 3º Congresso Nacional da Juventude do PT (3º ConJPT), neste domingo (22), os jovens petistas reelegeram, por aclamação, Jefferson Lima como secretário nacional da JPT. A tese escolhida foi “Geração Valente: a Juventude quer viver, a juventude quer lutar”, defendida por ele.

Para Jefferson, o Congresso terminou com saldo muito positivo. “O Congresso teve ampla participação dos militantes de todas as forças políticas nos grupos de discussão, mesas de debate, no ato com nosso comandante Lula, em plenárias de auto-organização das mulheres, negros e LGBTs e tirou resoluções firmes contra Eduardo Cunha e sua agenda conservadora, com propostas concretas pra mudar a política econômica no rumo escolhido pelas urnas em 2014 e pelas reformas de base”, afirmou.

O 3º ConJPT, na avaliação dele, também apontou a necessidade de um novo modelo de organização, “nos territórios, junto às bases e capaz de termos uma JPT para lutar por mais transformações no Brasil”.

“Hoje já dialogamos com os movimentos sociais, queremos avançar para uma aliança concreta com eles e com as pessoas do povo nos locais de estudo, trabalho e moradia, a luz das resoluções do V Congresso do PT. Não queremos apenas combater o extermínio da juventude negra, queremos organizar a luta lado a lado com as vitimas em potencial deste genocídio. Queremos eles militando na Juventude do PT”, destacou.

O secretário reeleito acrescentou que o 3º ConJPT consolidou uma ampla aliança de forças no partido, forças com perfil nacional, popular e democrático, que consideram que o PT deve ser defendido e fortalecido para enfrentar os novos desafios. “O PT segue insuportavelmente vivo”, destaca.

“Chegou a hora da geração de petistas, de companheiros e companheiras que são filhos dos últimos anos dos governos do PT, de fato conduzir os rumos do PT no próximo período e cumprir o nosso papel, que é de pressionar o PT, de pressionar o governo para a gente cada vez mais continuar construindo esse novo Brasil com a nossa linha do socialismo petista, presente nos documentos construídos pelos fundadores do PT, cuja obra e nossa responsabilidade continuar”, ressaltou.

Presente ao encontro, Janaina Oliveira do setorial nacional LGBT do PT fez questão de destacar o fato do 3º ConJPT ter assumido como tema central o extermínio da juventude negra em um momento em que o “Congresso Nacional conservador aprova medidas como a redução da maioridade penal”.

“Com isso, o Congresso não poderia, com todo esse compromisso político, não eleger um secretário negro nessa semana e nesse mês tão importante, que é a da Consciência Negra”, afirmou.

“Jefferson cumpre papel fundamental na juventude do PT e como jovem negro e nordestino, ele conhece bem o estigma social e vai além na luta, agregando atrizes e atores da juventude do PT. Por isso, sua nova gestão vai fazer o diferencial, pois participação e diálogo estão no sangue desse jovem negro, filho desta juventude da nova classe trabalhadora, forjada pelas políticas dos governos Lula e Dilma”, destacou Janaina.

Divergências – Antes da plenária final, setores organizados da juventude do PT resolveram se retirar dos espaços oficiais do Congresso por divergências com os rumos políticos do processo de construção do 3º ConJPT. Em seguida, os jovens realizaram manifesto contra a política econômica e pela saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Durante a abertura do 3º ConJPT, na última sexta-feira (20), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou da importância da união do partido após os processos internos de eleição.

“É importante que vocês divirjam aqui, é importante vocês discordarem, mas vai chegar um momento que vocês vão eleger uma nova direção e um novo programa de luta, e aí não tem corrente, aí é o Partido dos Trabalhadores que vai para a rua para fazer as coisas acontecerem”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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