Contra o racismo, militantes realizam a Marcha das Mulheres Negras

Segundo a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a passeata vai às ruas no dia 18 de novembro para garantir e impedir que seus direitos conquistados sejam retirados

A luta contra o racismo no Brasil ganhará destaque especial no próximo dia 18 de novembro, mês da consciência negra, com a realização da Marcha das Mulheres Negras. O ato marcado para acontecer em Brasília (DF), na Esplanada dos Ministérios, terá como principal bandeira o combate à discriminação racial e a violência e contra retrocessos sociais.

A marcha foi idealizada em 2011 a partir do ‘Afro XXI: Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes’ e este ano marcará o mês da consciência negra e de Zumbi de Palmares, último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.

“Nós iremos para a rua não como marcha reivindicadora, mas para buscar mais garantias e fazer com que nossos direitos conquistados não sofram nenhum retrocesso. Essas mulheres querem estar incluídas em todo o processo de desenvolvimento do país”, defende a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).

A petista registrou em plenário, na quinta-feira (29), a realização da marcha e convidou os parlamentares a se mobilizarem para “esse grande evento”. Segundo ela, trata-se de uma marcha internacionalmente reconhecida e vista “com bons olhos” pela América Latina.

A deputada afirma ainda que é muito importante que essa passeata aconteça exatamente no mês da consciência negra, já que essas mulheres estão lutando para que haja uma melhor política e mais segurança para elas.

“Na marcha vamos colocar politicamente que não vamos aceitar retrocessos em nossos direitos e que não queremos golpe. Vamos lutar para que possamos ocupar o status que nos são devidos no âmbito político, econômico e social”, explica.

Segundo os dados do ‘Diagnóstico dos Homicídios no Brasil’, em 2013, a taxa de mulheres negras vítimas de homicídios no Brasil é mais que o dobro da de mulheres brancas.

Segundo os dados divulgados dia 15 deste mês, é na faixa etária dos 15 aos 29 anos que está a maior parte das vítimas mulheres.

Para as jovens negras, a taxa de mortes violentas é de 11,5 por 100 mil habitantes, enquanto para as jovens brancas é de 4,6.

Por Danielle Cabraia, da Agência PT de Notícias

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