Moro ‘esquece’ onda de assassinatos e politiza motim policial no Ceará

Ministro escancara sua total falta de preparo ao cargo ao bater boca na internet e ignorar números

Lula Marques

Bastaram poucas horas após o fim do motim de policiais militares do Ceará, encerrado na noite deste domingo (1º), para que Sergio Moro mostrasse mais uma vez suas reais intenções à frente do Ministério da Justiça. O ex-juiz não apenas ‘se apropriou’ da negociação feita pelo Estado com os agentes de segurança como ainda – numa completa falta de informação e empatia – ignorou o fato de a paralisação ter elevado drasticamente o número de assassinatos durante a paralisação criminosa: foram 241 pessoas mortas durante nove dias.

Em suma, o que Moro acabou por fazer o que ele próprio criticou via redes sociais – usar o caso politicamente – ao dizer que a situação só foi resolvida pela “ação do governo federal’. Mentira. O motim, conforme publicado pela Folha de S. Paulo,  só chegou ao fim após os policiais amotinados terem aceitado proposta apresentada por uma comissão formada por representantes de Executivo, Legislativo e Judiciário do Ceará. O governo estadual se recusou a acatar a principal reivindicação do grupo, a anistia geral.

O ministro também parece ter esquecido para qual governo trabalha ao afirmar que “não houve radicalismos”. Porém, durante os dias de paralisação foram mortas 241 pessoas. Eis aqui uma contradição tão cara aos princípios (ou a falta deles) do ex-juiz. Primeiro disse que a situação só foi resolvida porque o governo federal interveio, num gesto político irretocável.  Depois, afirmou que “explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalharam”.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Folha de S. Paulo

 

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