Peça do MST denuncia farsa da Lava Jato no acampamento Lula Livre

Guilherme Boulos e Jaques Wagner participaram, pela manhã, de ato de denúncia da prisão política de Lula; Fernando Haddad estará hoje à noite com o povo que segue em vigília

Joka Madruga/Agência PT

Juventude do MST encena a peça "Tribunal da Injustiça" no acampamento Lula Livre

As atividades da quarta-feira (11) no acampamento da vigília Lula Livre expôs pela arte e pelo debate aberto a farsa da Operação Lava Jato e da perseguição jurídica ao ex-presidente Lula. Com vista para o prédio da Polícia Federal, em Curitiba, a apresentação da peça “Tribunal da Injustiça” pela juventude do MST denunciou o desvio do papel do Judiciário que se testemunha no país.

Encenada na praça Olga Benário, como foi batizada a esquina onde acontecem os atos, a peça mostra um conflito entre o Judiciário e a democracia. Depois de uma oposição inicial ao arbítrio do Judiciário, representado por um enorme boneco de toga, a democracia acaba cooptada quando aceita ir morar no Palácio da Injustiça, depois de receber propostas de luxos e privilégios.

No “segundo assalto”, o  coro denuncia que a Lava Jato é uma farsa, a reforma da Previdência retira direitos dos trabalhadores e que eleição sem Lula é fraude. Mesmo assim, o Judiciário se afirma vencedor na disputa, mas a democracia contesta. O Judiciário avança, mas é obrigado a recuar quando a democracia reage junto com o coro, que grita “democracia é o povo no poder”, “Eleição sem Lula é fraude”, “Lula livre” e “Eu sou Lula”.

Jaques Wagner no acampamento da vigília Lula livre

Na sequência, um time de juristas de renome como Juarez Cirino os Santos, Marcelo Neves, Jacintho Pereira Coutinho, Eneida Salgado e Katya Izaguirre expuseram, em praça pública, as questões centrais do processo contra o ex-presidente Lula. Pela manhã, o candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, e o ex-governador Jaques Wagner estiveram no acampamento, onde denunciaram a prisão política de Lula.

Na avaliação do líder do MTST, a tendência é que o número de pessoas lutando pela liberdade do ex-presidente só aumente nos próximos dias. “A ficha das pessoas estão começando a cair. As mobilizações vão crescer porque a ficha das pessoas está caindo. A indignação está se transformando em mobilização”, afirmou.

Solidariedade e companheirismo para resistir e lutar

A programação da manhã contou ainda com atividades físicas e culturais para restaurar as energias dos que seguem em vigília por Lula. Logo cedo, uma aula de ioga ajudou a restaurar as energias e relaxar o corpo para mais um dia de luta em defesa do presidente Lula.

A atividade deu chance a muita gente de participar pela primeira vez de uma atividade desse tipo. “O objetivo é trazer um pouco de calmaria para o acampamento. Um pouco de relaxamento é importante nesse momento em que estamos todos numa enorme expectativa”, diz Elenice Guimarães, que dirigiu a aula de ioga e se dispõem a repetir a experiência todo os dias no acampamento.

Para Elenice, a presença no acampamento da vigília Lula livre é fundamental. “Acho super importante. Toda a nação deveria estar aqui hoje. Não se trata só de solidariedade a uma pessoa, mas a uma ideia, a nossos ideais. Sou Lula livre pelos ideais que ele representa”, afirma.

A programação da tarde inicia com o já tradicional “boa tarde” de todos que estão no acampamento ao presidente Lula, por volta das 14 horas. Às dezesseis horas acontecerá um show de rap e MPB. Às 17 horas o movimento negro fará um ato na praça Olga Benário e, às 18 horas, um ato inter-religioso acontecerá no mesmo local, seguido de um ato político para fechar a programação, com a presença de Fernando Haddad.

Da Redação da Agência PT de Notícias, de Curitiba

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