Petroleiros param na quarta (30) em defesa da soberania nacional

Ação apoiada por movimentos sociais e pelo PT exige saída de Parente e que Petrobras adote política de preços em prol da soberania, e não dos interesses de acionistas

Felipe Kfouri

Reunião com lideranças na CUT nesta segunda-feira (28)

Uma greve nacional de petroleiros foi chamada pela Federação Única de Petroleiros para a próxima quarta-feira (30) para pressionar a Petrobras a adotar uma política de preços que não seja pensada apenas para agradar investidores e acionistas, mas que leve em conta a necessidade se garantir a soberania nacional.

O movimento, que conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de movimentos sociais como o MST, e MTST, da Central de Movimentos Populares (CMP), da UNE e da Intersindical, além do PT, reivindica ainda a retirada de Pedro Parente da presidência da estatal.

Desde o dia 21 de maio, caminhoneiros realizam paralisações em diversos estados do Brasil contra os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis praticados no governo de Michel Temer.

Avaliando a movimentação, o presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o momento é para dialogar com a sociedade, explicando que a política de preços da Petrobras adotada por Pedro Parente sob aval do golpista Temer é a responsável pela escalada de preços dos combustíveis.

“É importante dialogar com a sociedade e mostrar que a solução é pela via democrática, com eleições livres”, acrescentou ele, que participou de encontro de lideranças nesta segunda (28). Ainda segundo Freitas, a central dá total apoio a greve nacional dos Petroleiros.

A senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, afirmou que as reivindicações dos caminhoneiros por preços menores nos combustíveis é justa, e que “a saída é pela política de preços”. Ela ressaltou que é importante demonstrar uma posição firme de apoio, mostrando que a conta não pode ficar para o povo, pagando subsídios para manter uma baixa temporária no custo do diesel, como propôs Temer.

“É fundamental reafirmam a bandeira das eleições livres e democráticas”, acrescentou Hoffmann, explicando que não se pode deixar iludir por propostas militaristas, que não têm capacidade de resolver questões políticas.

Gleisi ainda lembrou que durante o governo de Lula, a Petrobras tinha uma política de preços que não era tão afetada pelo mercado internacional de petróleo porque havia investimento interno na capacidade da empresa refinar o óleo cru retirado no país.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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