Política de Bolsonaro e Guedes resulta no terceiro pior PIB em 120 anos

Queda de 4,1% em 2020 é o mais elevado recuo anual desde 1990, quando Collor confiscou a poupança dos brasileiros. Auxílio emergencial reduziu a tragédia

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A economia brasileira encolheu 4,1% em 2020. Esse foi o maior recuo anual do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro dentro da série iniciada em 1996 e a maior queda desde 1990, quando a economia encolheu 4,4%, sob efeito do Plano Collor, que confiscou a poupança dos brasileiros numa tentativa frustrada de conter a hiperinflação. Também é a terceira maior queda já registrada pela economia brasileira em 120 anos – período para o qual existem estatísticas confiáveis. Desde 1900, só foram registradas perdas maiores em 1990 e em 1981, quando a atividade econômica encolheu 4,3%, no auge da crise da dívida externa provocada pela ditadura militar.

Segundo oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o tombo do PIB se explica, entre outros fatores, pela deterioração do mercado de trabalho. Em 2020, o desemprego chegou à marca recorde de 14,6% e depois recuou para 13,9%. No final do ano, o país tinha 13,4 milhões de desempregados.

A queda só não foi pior porque a injeção de recursos pelo auxílio emergencial e outras medidas econômicas aprovadas no Congresso Nacional evitaram que as projeções mais pessimistas se concretizassem. Ao fim de junho do ano passado, no auge da primeira onda da pandemia do coronavírus, os analistas chegaram a prever uma queda de 6,6%. É como destacou a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann: “Queda do PIB em 2020 ficou em 4,1% e seria muito maior se não fosse o auxílio emergencial. É básico: dinheiro na mão do povo, economia girando”.

Queda após sequência de pibinhos

O PIB de 2020 totalizou R$ 7,4 trilhões, interrompendo uma sequência de três anos de crescimento pífio registrado entre 2017 e 2019, acumulado em 4,6%. O PIB de 2019, primeiro do governo Bolsonaro, já havia registrado minguada alta de 1,1%.

Já o PIB per capita alcançou R$ 35.172 em 2020, um recuo, em termos reais, de 4,8%, também o maior tombo desde o início da série histórica. O mesmo ocorreu com o consumo das famílias, que caiu 5,5% em comparação ao ano anterior.

Em 2020, os serviços encolheram 4,5% e a indústria, 3,5%. Somados, os setores representam 95% da economia nacional. Um dos ramos mais impactados foi a de construção, com queda de 7%. Também a indústria de transformação, que engloba setor automotivo, metalúrgico e de vestuário, registrou queda de 4,3% no ano.

A crise afetou também o setor externo: o país registrou queda das exportações (-1,8%) e importações (-10%). Por outro lado, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%) e as atividades imobiliárias (2,5%), avançaram em 2020.

Já a agropecuária cresceu 2,0%, puxada pela soja (7,1%) e o café (24,4%), que alcançaram produções recordes. Em compensação, seus produtos elevaram os índices inflacionários medidos durante todo o ano, e continuam pressionando no início de 2020.

Da Redação

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