Presidente da CNM/CUT denuncia prisão política de Lula

Em Congresso dos Metalúrgicos Norte-Americanos, Paulo Cayres faz análise de conjuntura política e condena golpe que retirou direitos no Brasil

“Solidariedade internacional é vital para pressionar as autoridades brasileiras na libertação do ex-presidente Lula.  O companheiro Lula foi preso sem provas. Foi preso porque distribuiu renda, porque colocou negros e pobres nas universidades e porque acabou com a fome no Brasil.”

Esta foi a análise do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, durante o 37º Congresso do UAW (Sindicato dos Metalúrgicos Norte-Americanos), nos Estados Unidos, em Detroit. O encontro, que teve início neste domingo (10), se estende até quinta-feira (14).

Além de reafirmar sua defesa ao ex-presidente, Cayres também denunciou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. “Foi uma presidenta legitimamente eleita por milhões de brasileiros. O golpe tinha endereço e era a retirada de direitos sociais e trabalhistas. Os golpistas aprovaram a reforma trabalhista, que precariza as relações de trabalho, e todos os dias acabam com direitos sociais básicos”

Já para Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), a unidade dos metalúrgicos de todo Brasil foi importante para este momento de retirada de direitos. “Construímos um movimento que tem participação de todas as centrais e confederações para enfrentarmos juntos esta conjuntura. Estamos na luta por um contrato nacional coletivo para o ramo metalúrgico”, afirmou. “Além disso, temos a esperança de mudar o Congresso Nacional a partir das eleições de outubro. Queremos colocar representantes dos trabalhadores em espaços de poder.

Acreditamos que a luta faz a lei”, finalizou. 

Segundo Luiz Carlos Prates, o Mancha, desde 2008, o mundo passa por uma grande crise econômica e as grandes corporações e governos jogam nas costas do trabalhador o preço desta recessão. “A classe trabalhadora paga por uma crise que não criou. São privatizações, ataque às aposentadorias, retirada de direitos. É um processo de flexibilização trabalhista que acontece em todo o mundo, por isso é necessária a unidade de todos os trabalhadores”, contou.

Congresso UAW

O evento tem a presença de trinta delegações internacionais e irá discutir as eleições para a nova diretoria do Sindicato, painéis sobre ataques globais aos direitos da classe trabalhadora, golpes contra a democracia e crescimento político mundial da direita e extrema-direita.

Atualmente, presidido por Dennis Willians, o UAW passará a ser comandado por Gary Jones.

Por CNM/CUT

 

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