PSDB apresenta documento com diretrizes para mercado financeiro

Enquanto o PT ouve o povo para construir um projeto de futuro, PSDB apresenta documento em que sinaliza sobre privatizações e oculta dados reais

Orlando Brito/PSDB

PSDB apresenta programa

Enquanto o Partido dos Trabalhadores ouve o povo para construir um programa para o futuro do Brasil, partidos como PSDB e PMDB mostram, em documentos com diretrizes e propaganda na televisão, que preferem ouvir o mercado para criar um projeto para os brasileiros.

O documento divulgado pelo PSDB nesta terça-feira (28), “Gente em Primeiro Lugar: o Brasil que Queremos”, uma proposta para a atualização das diretrizes programáticas do PSDB e poderá servir como base para a campanha tucana em 2018, apresenta dados imprecisos e tenta reivindicar autoria de programas como o Bolsa Família.

Além disso, o projeto tucano projeta o fim da estabilidade dos funcionários públicos e almeja uma “meritocracia” no serviço público. Em contraponto às informações divulgadas pelo documento do PSDB, a Fundação Perseu Abramo, do PT, apresentou e contestou diversos dados como a questão da responsabilidade fiscal.

No documento, em um recado ao setor financeiro, o PSDB afirma que tem “compromisso” com as contas públicas do País. Vale lembrar que em 1995, quando Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência, a Dívida Total Líquida do governo federal correspondia a 12,5% do PIB.

Em 2002, mesmo com diversas privatizações, os tucanos entregaram o governo com uma dívida de 37,7% do PIB. Em 2015, após os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff, a dívida líquida do governo federal teve uma queda de 15,8% e chegou a 21,9% do PIB. No entanto, após o golpe, a taxa voltou a registrar crescimento e alcançou, em setembro de 2017, 38,4% do PIB.

Em mais uma tentativa de sinalizar ao mercado sobre privatizações e concessões, o PSDB, no documento, tenta alegar que melhorou o acesso da população a bens e serviços, mas esquece de mencionar a crise no fornecimento de energia elétrica que atingiu o Brasil e culminou no apagão de 2001.

Outros pontos citados no documento que apela ao mercado financeiro citam a defesa de um Estado “nem máximo, nem mínimo”, mas musculoso e eficiente, um “choque de capitalismo” e um amplo programa de privatizações.

PMDB também sinaliza ao mercado

No mesmo dia em que o PSDB lançou o programa com diretrizes, o PMDB colocou, em rede nacional, o programa partidário. Na peça produzida, o partido do presidente golpista Michel Temer também tenta, com dados irreais e com ataques ao Partido dos Trabalhadores, sinalizar ao mercado financeiro sobre uma suposta melhora nas contas e na situação do País.

Na propaganda, o PMDB afirma que o Brasil teria vivido avanços após o golpe contra Dilma, adquirido credibilidade e investimentos, com, inclusive, crescimento no nível de emprego. No entanto, dados divulgados nesta quinta-feira (30) mostram que a taxa de desemprego no país chegou a 12,2% em outubro. O índice é o maior da série história, que teve início em 2012.

Em nota divulgada sobre o programa, o PT afirmou que o partido do golpista Michel Temer deveria pedir desculpas ao povo brasileiro, já que aprofundou o País, de forma deliberada, em uma crise fiscal em 2015 e 2016 para conseguir consolidar o golpe.

“Sob o comando de Eduardo Cunha, sabotaram todas as iniciativas de recuperação apresentadas pelo governo Dilma Rousseff e quebraram o Brasil com suas pautas-bomba: o aumento de 42% nos salários do Judiciário, o orçamento impositivo, a manutenção das desonerações, o fim do fator previdenciário e outras medidas irresponsáveis. Não fosse a sede poder dos golpistas do PMDB e seus aliados, o Brasil já teria superado a recessão e o desemprego e teria hoje um governo legitimamente eleito, dentro da normalidade democrática”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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