PT entrega à OEA denúncias de violência e mentiras nas eleições no Brasil

Gleisi Hoffmann e dirigentes que apoiam a candidatura de Fernando Haddad se reuniram com a comissão que acompanha as eleições presidenciais nesta segunda (22)

Foto: Lula Marques

Gleisi, Requião, Lindbergh e Paulo Pimenta entregam documento à OEA

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e dirigentes nacionais dos partidos que apoiam a candidatura de Fernando Haddad se reuniram na tarde desta segunda-feira (22) com a Comissão de Observadores da OEA – Organização dos Estados Americanos, que estão no País para acompanhar as eleições presidenciais.

“Entregamos um dossiê com as ações impetradas no Tribunal Superior Eleitoral contra a indústria da mentira e sobre os atos de violência ocorridos na campanha eleitoral no Brasil e alertamos sobre a gravidade do discurso de Bolsonaro feito neste domingo (21) contra o nosso candidato Fernando Haddad e os nossos apoiadores”, explicou Gleisi.

Na avaliação da presidenta do PT o que Bolsonaro fez ontem foi incitar a violência. “Dizer que vai prender Haddad se ele não sair do País. Isso é muito grave”, reforçou Gleisi, ao acrescentar que o partido e a coligação estão entrando com várias medidas judiciais, em relação a essa afirmação do candidato adversário. “A fala dele talvez seja comparada somente com a fala de Hitler, antes das eleições alemã e nós sabemos o que aconteceu lá”, completou.

Justiça

Gleisi manifestou também perplexidade em relação à passividade das instituições brasileiras, dos tribunais, em relação a tudo o que está acontecendo nestas eleições. “Estamos tendo uma eleição praticamente fraudada a céu aberto e não estamos vendo por parte dos tribunais os atos necessários e devidos”. Ela lembrou que o candidato adversário, lá atrás, já disse que não aceitaria o resultado se não fosse ele o vencedor. “E ele começou com prática de fraude e termina agora, na véspera das eleições, com violência e pregando a morte daqueles que são seus adversários”, lamentou.

Glesi Hoffmann se reúne com observadores da OEA

A presidenta do PT anunciou ainda que cópia do mesmo dossiê que foi entregue aos representantes da OEA – um documento com as ações impetradas no TSE – também foi encaminhado para todas as embaixadas com sede no Brasil.

Participaram da reunião com representantes da OAE o líder da Bancada do PT no Senado; Lindbergh Farias (RJ) e o deputado Paulo Pimenta (RS), líder da Bancada do PT na Câmara, além do governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT) e o senador Roberto Requião (MDB-PR).

Notícia crime

Lindbergh Farias anunciou que entrou com notícia crime contra Bolsonaro “porque o que ele fez no discurso de ontem para manifestantes da Avenida Paulista foi uma ameaça a mim, ao Haddad e aos nossos apoiadores. Ele não pode e não tem poderes para isso. Ele não está acima das instituições”. Para Lindbergh o discurso de Bolsonaro se tornou mais grave ainda porque foi produzido logo depois de ter vazado um vídeo do filho dele falando sobre o fechamento do Supremo Tribunal Federal, com um soldado e um cabo.

“E o mais grave é que as pessoas que votam nele sabem o que ele estava falando. Ele quis legitimar o que poderá fazer. Foi um discurso de um candidato a ditador e não a presidente da República”, comparou o líder do PT no Senado, ao acrescentar que os dirigentes e militantes petistas não têm medo do adversário. “O que temos é desprezo”.

O líder Paulo Pimenta disse que foi fundamental relatar à OEA o que está acontecendo no Brasil. “Foi também uma maneira de formalizar ao mundo a gravidade do que estamos vivendo nestas eleições. Não tem normalidade democrática e as autoridades estão assistindo tudo passivamente”, criticou. Ele citou ainda a crescente onda de violência. “São mais de 70 casos com ocorrência de apoiadores de Haddad atacados em todo o País. Mas vamos continuar nas ruas trabalhado, vamos ganhar essas eleições”, ressaltou.

Da Redação Agência PT de Notícias

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