PT não apoiará candidatos golpistas para a presidência da Câmara

Em reunião na segunda-feira, ficou decidido, pela bancada, que serão procurados os partidos e parlamentares que votaram contra o golpe contra Dilma

Foto: J. Batistta/ Câmara dos Deputados

A Bancada do PT informou, nesta segunda-feira (11), que não lançará nome próprio para disputar a Presidência da Câmara, mas atuará para a construção de um nome comprometido com a democracia e o pleno funcionamento da Casa.

Para a escolha desse nome, ficou decidido, pela bancada, que serão procurados os partidos e parlamentares que votaram contra o golpe que destituiu do cargo a presidenta legítima Dilma Rousseff.

Segundo o líder Afonso Florence (BA), até o momento não há a definição sobre qualquer nome, mas o ponto central é que não tenha se comprometido com o golpe para afastar Dilma, sob o pretexto de que teria cometido crime de responsabilidade, numa trama que dia após dia é desfeita.

O tema central da reunião da Bancada não foi a discussão de nomes, mas sim, de princípios que norteiem o mandato do novo presidente da Câmara.

Segundo Florence, um dos pré-requisitos é que o candidato respeite a democracia e garanta a aplicação do regimento da Câmara de forma a garantir o seu funcionamento de maneira republicana.

Ele observou que durante o tempo em que Eduardo Cunha comandou a Casa, ele passou por cima do regimento, usando-o de forma casuística para se blindar das inúmeras acusações de corrupção que pesam contra ele, além de ter utilizado o cargo para abrir o processo de impeachment de Dilma por pura vingança, já que não teve o apoio nem dela nem do PT para evitar seu processo no Conselho de Ética da Câmara.

Segundo José Guimarães (PT-CE), é necessário consolidar uma candidatura que seja “anti-Cunha e anti-Temer”. Para ele, um dos desafios é eleger um candidato que possa “restaurar a dignidade e decência do comando do Parlamento brasileiro”.

Segundo Paulo Teixeira (PT-SP), diante da dinâmica das negociações, a Bancada deve se reunir novamente nesta terça-feira (12).

 

Eleições municipais

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores anunciou, durante coletiva após reunião do Diretório Nacional, em maio, que a legenda não apoiará, nas eleições deste ano, candidatos que tenham votado a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“Para nós está claro que a disputa eleitoral não se dará nos quadros da eleição de 2012. Rediscutimos quem serão nossos aliados. Vamos fazer alianças com partidos do campo democrático e popular e estender esse diálogo a partidos ou setores que possam construir conosco campos de governo comuns”, disse.

“O PT não apoiará candidatos que votaram pelo impeachment ou que apoiaram publicamente o impeachment”, completou.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara

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