Recorde de projetos marca primeiro leilão de energia de 2016

Adiada para março, disputa teve mais de mil projetos de geração inscritos, sendo quase 80% de empreendimentos com energia dos ventos (eólica)

Depois de fechar o ano de 2015 com arrecadação superior a R$ 13,3 bilhões e quase quatro mil gigawats (4 mil MW) de energia contratada, o programa de leilões do setor elétrico brasileiro abrirá o ano de 2016 com uma disputa que representa novo recorde de projetos inscritos durante a fase de seleção.

O primeiro leilão do ano (denominado “A-5”), que acaba de ser adiado pelo governo de 5 de fevereiro para 31 de março, teve mais de mil inscrições de projetos na Empresa de Pesquisa Energética federal (EPE), responsável pela análise dos empreendimentos.

Juntos, todos os 1.055 projetos somam uma capacidade instalada de 47,6 GW de energia, ou quase 12 vezes o total das contratações efetivadas pelos leilões de 2015.

Essa produção de energia, comparável a três usinas de Itaipu Binacional, foi definido pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, como “recorde mundial” de inscrições em leilões do mesmo tipo. Somente em projetos de energia dos ventos (eólica), houve 864 inscrições para o “A-5”.

Isso não é novidade, pois também em 2015 a geração eólica foi destaque nos cinco leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que contribui com os compromissos ambientais do Brasil firmados com a Organização das Nações Unidas (ONU) na cúpula mundial do clima (COP21), realizada em Paris no início de dezembro.

A energia dos ventos registrou em outubro de 2015 crescimento na capacidade instalada de 58% em 12 meses, chegando agora a 6,68 GW no país.

No total, considerando-se todas as fontes de geração, o Brasil termina 2015 com a disponibilização adicional de 5,17 GW de energia nova ao Sistema Interligado Nacional (SIN), equivalentes à metade da capacidade instalada da usina hidrelétrica de Belo Monte, a segunda maior do país, depois de Itaipu.

O adiamento do leilão para março vai dar mais tempo aos candidatos de se prepararem e também permitirá ao governo promover adequações nas condições regulatórias e licitatórias da disputa.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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