Rui Falcão: Combate à corrupção tem de obedecer leis

No seminário “O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil”, Falcão alertou para danos que operação tem causado à economia, aos trabalhadores e à democracia

Paulo Pinto/Agência PT

Presidente Nacional do Partido, Rui Falcão, enfatiza o forte compromisso do PT com a democracia

Para o presidente nacional do PT Rui Falcão, a Operação Lava-Jato tem criado um estado de exceção dentro do estado democrático de direito. A declaração foi feita na abertura do seminário “O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil”, organizado pelo Diretório Nacional do PT.

Falcão afirmou que ninguém tem combatido tanto a corrupção no Brasil quanto o PT, dentro e fora do governo. Ele ressaltou, no entanto, que esse combate tem que ser feito em obediência às leis e a preceitos fundamentais.

“É preciso alertar o país dos danos que tem sido causados à economia, aos trabalhadores, e do atropelo de direitos fundamentais, que tem instaurado um Estado de exceção dentro do Estado democrático de direito”, afirmou Falcão, sobre os abusos cometidos pela Operação Lava-Jato.

Ele destacou a condução coercitiva do jornalista Eduardo Guimarães. Para ele, a ação da Polícia Federal é uma maneira de criar uma nova ação contra o ex-presidente Lula sob o pretexto da obstrução de justiça. “É uma justificativa para a opinião pública do fracasso de todas as investigações contra o ex-presidente Lula”, disse. Além disso, a condução foi um ataque à liberdade de expressão. “Nenhum combate à corrupção pode se sobrepor à Constituição.”

Rui Falcão e Lula presentes no seminário sobre a Operação Lava Jato

Falcão lembrou que, nesses dois anos, vasculharam a sua vida e a de seus familiares sem encontrar nenhuma prova material em relação à operação da Petrobras, porque elas não existem.

“Seria uma maneira de (a Lava-Jato) dizer que não existem provas porque elas teriam sido destruídas antecipadamente quando avisadas da condução coercitiva”, explica. Guimarães antecipou  a quebra do sigilo fiscal antes da condução de Lula, lembra Falcão.

“Prisões arbitrárias, demoradas, prisões sem provas, como as dos companheiros João Vaccari Neto, José Dirceu e Antonio Palloci, com a qual nos solidarizamos publicamente e clamamos pela sua liberdade”, afirmou.

Falcão finalizou com a frase do Livro de Amos: “Ai de quem faz do direito uma amargura e a Justiça joga no chão”.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias

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