Secretaria Sindical emite nota em repúdio ao governo Richa

Segundo o texto, o massacre de professores no estado reflete situações de desrespeito com a cidadania, cada vez mais comuns

A Secretaria Sindical Nacional do PT divulgou nota, nesta quinta-feira (30), em repúdio à violência e truculência da ação da PM do Paraná contra professores que se manifestaram, na véspera, em Curitiba.

‘Este tipo de ação foi comum num passado recente, durante a ditadura militar e lamentavelmente vem se repetindo o governo do PSDB. O diálogo com eles é com a “boca do pitbull”’, afirma o texto.

Leia a íntegra:

“Nota de repúdio ao Governo Richa

A Secretaria Sindical Nacional do PT repudia a violência e a truculência policial do governo estadual do Paraná contra professores e trabalhadores em comunicação.
Não é de hoje que os governos tucanos vem demostrando sua indiferença e irresponsabilidade com a educação e com os direitos democráticos. A barbárie vista ontem em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná não é nova, mas é um agravamento de repetidas situações de desrespeito com a cidadania, pois, ignorar o diálogo com os professores é ignorar seu papel na construção da cidadania, pior ainda quando resolve atacar com a polícia.

Este tipo de ação foi comum num passado recente, durante a ditadura militar e lamentavelmente vem se repetindo o governo do PSDB. O diálogo com eles é com a “boca do pitbull”.

Essas ações, típicas de governos reacionários, pautado pelo ódio e contra a democracia, mostra o projeto tucano, de destruir a dignidade dos profissionais mais importantes em espaços democráticos, restringir e ignorar direitos de cidadania.

A Polícia Militar do Estado do Paraná comandada pelo governador Beto Richa (PSDB), por sua vez, evidenciou a barbárie utilizando de violência extrema contra professores que se mobilizavam para se contrapor e acompanhar a votação de um projeto de lei sobre o financiamento do sistema previdenciário do estado no dia 29/04/2015, após o descumprimento de acordo firmado recente que propiciou o fim da greve destes profissionais.

A ação sem pudor, mostrando seu lado autoritário abusou de ações sanguinolentas, pois, além dos conhecidos cassetetes e balas de borrachas – e eventuais bolas de gude – por parte da PM do Richa, o que se viu foi um a batalha campal em que se utilizou inclusive cachorros (pitbull) atacando professores e profissionais da imprensa, mostrando claramente que além de reprimir o movimento, queriam evitar que as ações fossem registradas, gravadas e divulgadas. Que democracia é essa? Com Pittbul e armas?

O governador Beto Richa tentou justificar a ação dizendo que haviam infiltrados tentando tumultuar a manifestação. Se fosse verdade, no mínimo mostrou como sua polícia é incompetente, pois seus policiais e cachorros só agrediram professores, imprensa, dirigentes sindicais, inclusive da CUT, e apoiadores do movimento. Alegação de infiltração um tanto estranha para o contexto.

Em um estado democrático, o papel de uma polícia tem que ser o de garantir que as manifestações legitimas de segmentos da sociedade possam ocorrer com tranquilidade, e não o inverso, ou seja, atacar os manifestantes. Ademais, o legislativo tem que garantir as condições para que a população possa acompanhar as seções e votações, afinal a assembleia legislativa é a casa do povo.

Estas ações do governador do estado do Paraná, bem como o do estado de São Paulo, que se nega a dialogar com os professores em greve a mais de 30 dias, mostram que estes governos mantem resquícios do período da ditatura militar que usou a força militar para impedir que as pessoas se manifestassem. Educação e direito de expressão é um direito de todos e não pode ser tratado como caso de polícia.

Por mais cidadania, respeito a liberdade de expressão e a democracia!

Por um parlamento aberto aos cidadãos!

Contra as arbitrariedades tucanas!

Nosso total repudio ao Governo tucano Richa e seu tratamento à educação e aos professores e aos profissionais da comunicação!

Angelo D’Agostini Junior
Secretário Sindical Nacional do PT”

Da Redação da Agência PT de Notícias

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