Sem Casa da Mulher Brasileira, feminicídio cresce em Brasília

Balanço da CUT mostra que mulheres entre 30 e 50 anos de idade correspondem a 50% das vítimas e que 79% dos casos acontecem dentro das residências

Reprodução

Equipamento foi fechado oficialmente no último mês de abril, mas há mais de um ano não oferecia parte dos serviços

Em paralelo ao fechamento temporário da sede da Casa da Mulher Brasileira – centro de acolhimento e atendimento humanizado às mulheres – no Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública local verificou um aumento no número de casos de feminicídios na região. A situação levou o Coletivo de Mulheres da CUT Brasília a pressionar o governo distrital pela reabertura do espaço, já que, segundo o grupo, seu fechamento dificulta ainda mais a aplicação da Lei Maria da Penha.

Foram 15 assassinatos de mulheres na capital federal neste primeiro semestre, contra 10 registrados no mesmo período do ano passado. O levantamento da secretaria também apontou que mulheres entre 30 e 50 anos de idade correspondem a 50% das vítimas e que 79% dos casos acontecem dentro das residências das vítimas.

Para a secretária de Políticas para as Mulheres da CUT-DF, Sônia de Queiroz, uma das articuladoras do pedido de reabertura da Casa da Mulher Brasileira, a diminuição da violência passa pela implantação de políticas públicas e da garantia de atendimentos humanizados. “É importante a gente ter um local em que as mulheres do subúrbio, todas as mulheres do Distrito Federal e entorno, saibam onde procurar todos os serviços, os de delegacia e os psicológicos”, defende.

A sede da Casa da Mulher Brasileira está em obras desde abril. No entanto, há mais de um ano, por conta de problemas estruturais no prédio, não eram oferecidos serviços como o acompanhamento psicológico e a transferência das vítimas para abrigos temporários, atendimentos reconhecidos como essenciais pelo Programa Mulher, Viver Sem Violência, do governo federal.

Por Rede Brasil Atual

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast