Senadoras querem aprovação de destaques para deixar mesa

Ato de resistência da oposição alerta para “tristeza que acontece no país”; presidente do Senado apaga luzes e votação da reforma trabalhista é adiada

Lula Marques/Agência PT

Senadoras da oposição na Mesa Diretora em ato de resistência que adiou votação da reforma trabalhista

Desde às 12h, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Regina Sousa (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) resistem no plenário do Senado. As senadoras só sairão da mesa diretora caso sejam aprovados os destaques sobre as mulheres lactantes e gestantes.

“Só tem uma possibilidade de fazer um acordo [para deixar o local]. É aprovar um dos destaques, principalmente o que se refere ao direito da mulher grávida e lactante. Se não for aprovado, esqueça. Não vai ter acordo”, afirmou Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT.

 Na manhã da terça-feira, as senadoras ocuparam a mesa diretora. O presidente do Senado Eunício Oliveira, porém, interrompeu a sessão e apagou as luzes. O Plenário, repleto de senadores, ficou às escuras e a transmissão pela TV Senado foi interrompida.

“Esse gesto aqui é pautado por muito senso de responsabilidade, compromisso com princípios, com cidadania, com sobrevivência com dignidade. Esse gesto tem um simbolismo, em nome de mulheres pelo Brasil afora que serão as mais atingidas, as mulheres das classes populares. Com a proposta que beira o desumano, que a mulher grávida trabalhe em local insalubre. Ou que amamente em local insalubre'”, afirmou a senadora Fátima.

“Não nos escutam. estão fazendo as coisas como se nada tivesse acontecendo no país. Nós vamos resistir muito”, afirmou Gleisi.

Plenário do Senado às escuras após presidente da Casa interromper votação da reforma trabalhista

“Eu não achei que ia viver essa situação que estou vivendo. O Plenário apagado. Não deixar as lideranças sindicais entrar aqui. Do que eles têm medo?”, questionou a presidenta nacional  do PT”. Não adianta os senadores ficarem bravos e irritados, temos que chamar a atenção para a tristeza que está acontecendo no país. As instituições em crise, e eles querem continuar fazendo reforma desse jeito”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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