Senadores petistas apoiam petroleiros e alertam para riscos à soberania

Os senadores defenderam os direitos dos grevistas e apontaram a ameaça da atual política de venda de ativos da Petrobras

Agência Senado

Os senadores Rogério Carvalho (PT-SE), Jean Paul Prates (PT-RN) e Paulo Rocha (PT-PA) participaram de reunião com os líderes partidários e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para debater a greve dos petroleiros. Os senadores petistas defenderam os direitos dos grevistas e apontaram os riscos para a soberania nacional da atual política de venda de ativos da Petrobras.

“Não vamos medir esforços para defender os trabalhadores petroleiros, a Petrobras e a nossa soberania nacional. O Petróleo é do povo brasileiro!”, afirmou o líder da bancada do PT no Senado Federal, Rogério Carvalho. O senador Jean Paul denunciou o esquema de “maquiagem” que vem sendo executado na Petrobras, criando brechas para a venda de ativos da holding Petrobras disfarçados de subsidiárias.

Durante o encontro, nesta quarta-feira (12), os parlamentares ouviram representantes dos trabalhadores da Petrobras, em greve há 12 dias contra demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados Do Paraná (Fafen), que a empresa quer concretizar nesta sexta-feira, 14 de fevereiro.

Risco à soberania

Jean Paul é autor de um projeto que obriga qualquer venda de ativos da União a passar pelo crivo do Legislativo. Ele entende que um setor essencial em tantos aspectos — energético, econômico de soberania — precisa contar com o acompanhamento do Legislativo, a quem cabe referendar decisões como a venda de ativos.

Atualmente, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a venda de empresas estatais precisa de autorização do Legislativo, mas não a privatização de subsidiárias. O projeto de Jean Paul quer salvaguardar todos os ativos estatais, submetendo sua venda ao crivo do Congresso.

Greve na Petrobras

Nesta quarta-feira, os petroleiros completaram o 12º da greve para barrar as 1.000 demissões previstas para ocorrer da Fafen. O movimento já reúne 101 unidades da Petrobras em 13 estados do país, segundo o mais recente balanço divulgado pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A mobilização afeta, entre outras unidades, 48 plataformas, 11 refinarias e 20 terminais.

Os representantes dos trabalhadores da Petrobras foram ouvidos pelos líderes partidários e os presidentes das duas casas legislativas, na reunião que foi realizada na residência oficial da Presidência do Senado.

Por PT no Senado

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