Transposição do São Francisco emprega 10 mil no NE

Crescimento da atividade econômica na região levou de volta migrantes que partiram de suas cidades em busca de uma vida melhor em outras regiões do País

A maior e mais importante iniciativa na área de infraestrutura hídrica do governo federal melhorou a vida de muitas famílias. O Projeto de Integração do Rio São Francisco gerou emprego e renda nas regiões alcançadas pelas obras. Até agora, mais de 10 mil empregos diretos ao longo dos 477 quilômetros de construções foram criados. A maior parte desses trabalhadores pertence às regiões beneficiadas.

Iniciada em 2007, a transposição vai assegurar o fornecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.

O custo total do projeto foi orçado em R$ 8,2 bilhões. Pelo menos 75% das obras serão concluídas ainda este ano. A meta, segundo o governo, é concluí-lo em 2015.

Renda Melhor – Toda essa movimentação econômica tem ajudado muitas famílias da região. O pedreiro Francisco Vasconcelos é uma delas. Ele estava há três meses desempregado antes de conseguir uma vaga na obra. “Foi muito bom. Depois que eu arrumei este emprego a renda ficou melhor”, disse em entrevista ao projeto Integração do São Francisco, do Ministério da Integração.

Para o apontador José Fidélis, a vida melhorou para todos da região já que muitos não precisam mais ir para outros estados trabalhar. “Tá todo mundo melhor. Emprego bom, perto de casa. Tem muita gente aqui que viajava pra São Paulo e estão todos aqui empregados”, afirmou.

Os trabalhadores se sentem honrados em trabalhar nas obras que mudarão a realidade de suas vidas. É o caso do operador de escavadeira Miguel Vidal. Ele se orgulha em saber que o seu trabalho ajuda a diminuir o sofrimento dos seus conterrâneos. “É muito bom saber que eu vou trazer água para todos esses nordestinos que sofrem muito com a seca aqui”, contou.

“E saber que um dia, um neto ou um filho meu, vai estar vendo isso aqui e dizer: meu avô trabalhou aqui”, completou.

Em recente visita às obras, ocorrida no dia 13 deste mês, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o importante das ações contra a seca no Nordeste é garantir o abastecimento de água para que a população não sofra com as consequências da seca, como acontece com o estado de São Paulo.

Por falta de planejamento e investimentos, uma das principais reservas de água da região, o Sistema Cantareira, está praticamente seco. Na semana passada, o governador tucano Geraldo Alckmin autorizou a utilização do chamado “volume morto” do reservatório. O Ministério Público investiga as causas do problema.

“Elas (as obras) estão impedindo que os  nordestinos passem a mesma dificuldade que hoje aflige São Paulo”, lembrou Dilma.

Por Alessandra Fonseca, da Agência PT de Notícias, com informações do Ministério da Integração

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